A pandemia da Covid-19 intensificou o uso da internet no Brasil e chegou a marca de 152 milhões de usuários. Esse número corresponde a cerca de 81% de toda a população do país com mais de 10 anos de idade. Os resultados foram obtidos na pesquisa TIC Domicílios 2020 lançada pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br).

Desde que o levantamento começou a acontecer, essa foi primeira vez em que a porcentagem de domicílios com acesso à rede (83%) passou a proporção de usuários (81%). Em comparação com 2019, última vez em que o estudo havia sido feito, o aumento foi de 12 e de 7 pontos percentuais, respectivamente.

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Esse movimento não foi atoa. A pandemia obrigou muitas atividades que antes eram realizadas de forma presencial a acontecerem remotamente. Aulas, por exemplo, passaram a ocorrer à distancia assim como vendas e outros tipos de serviços. “Durante a pandemia a Internet foi mais demandada em razão da migração de atividades essenciais para o ambiente digital. Os resultados mostram a resiliência da rede em um cenário de crise sanitária”, explicou Alexandre Barbosa, gerente do Cetic.br.

Pesquisa sobre acesso a internet no Brasil

Apesar disso, a pesquisa sobre internet no Brasil mostrou que ainda há uma grande disparidade. Pessoas da classe C ainda possuem menos acesso à rede e realizarem menos atividades online do que das classes A e B, apesar do aumento em relação ao estudo anterior. Aulas e cursos online foram atividades praticadas principalmente pelas classes A e B.

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O crescimento da proporção de domicílios com acesso à internet cresceu em todos os comparativos. A maior diferença foram nas classes C, que aumentou 91% e DE, que aumentou 64%. O estudo também revelou um aumento na presença de computador nas casas, que passou de 39% em 2019 para 45% em 2020. Nas pesquisas anteriores isso vinha caindo.

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“Em 2020 houve uma aceleração do uso da rede entre parcelas mais vulneráveis da população. Apesar do maior alcance da Internet no Brasil, os indicadores apontam a persistência das desigualdades no acesso, com uma prevalência de usuários de classes mais altas, escolarizados e jovens”, completa Barbosa.

Por conta da pandemia, a metodologia utilizada na edição da pesquisa sobre internet no Brasil teve que ser adaptada. As entrevistas foram realizadas entre outubro de 2020 a maio de 2021, preferencialmente pelo telefone.

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