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A Natura, que também é dona da marca Avon, iniciou nesta quarta-feira (18) testes de entregas com drones. A iniciativa, uma parceria com a startup brasileira Speedbird Aero, faz parte do plano de sustentabilidade da empresa que engloba, entre outras iniciativas, a meta de zerar emissões líquidas de carbono até 2030.
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“Nossa visão de sustentabilidade tem a ambição de tornar a Natura um grupo zero emissões líquidas de carbono vinte anos antes do que a meta estabelecida pela ONU. Por isso, é fundamental investirmos em soluções de entrega que não gerem emissões na nossa cadeia logística, como os drones”, afirma Leonardo Romano, diretor de inovação logística da Natura.
Além da questão ambiental, que faz parte do modelo de negócio da Natura, a empresa visa otimizar as entregas tornando-as mais rápidas, ágeis e também mais seguras, já que a tecnologia ajuda nas demandas de regiões mais afastadas e de difícil acesso.
Além da Avon, o grupo Natura & Co. também é dono das marcas The Body Shop e Aesop.
A iniciativa foi possibilitada pela parceria com a Speedbird Aero. A startup foi primeira empresa a receber Certificado de Autorização de Voo Experimental (CAVE) pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) no ano passado.
O projeto, que ainda está em sua versão piloto e ainda será aprovado pela Anac, atenderá um raio de até 200km já no primeiro trimestre de 2022.
“Somos os pioneiros desta área no Brasil. A parceria com a Natura vai mostrar que, mesmo sendo feito em maior escala, o drone delivery seguirá sendo uma opção segura e viável”, disse o CEO e fundador da Speedbird, Manoel Coelho.
Ao Olhar Digital, Romano acrescentou que a intenção do projeto também é melhorar a experiência do cliente, além de agilizar as entregas. A respeito dos tipos de produtos que serão entregues pelos drones, o executivo afirmou que questão ainda está sendo estudada.
“Com a nova tecnologia, nós buscamos melhorar a experiência de entrega para as consultoras e representantes e acelerar as entregas em regiões mais distantes de nossos Centros de Distribuição, ou de acessos mais difíceis”, explicou Romano.
De olho no mercado
A Natura não é a primeira empresa a realizar esse tipo de teste no mercado. Aqui no Brasil, por exemplo, o iFood realizou a primeira entrega com drone no final do ano passado, em Campinas (SP). Inclusive, a Speedbird também foi a responsável pela operação para o aplicativo de entrega de comida.
No mundo, a Amazon foi uma das pioneiras nesse modelo de logística, tendo anunciado os primeiros testes em meados de 2016.
Em outras partes do mundo, por exemplo, os drones já são utilizados para entregas em larga escala, e não apenas de produtos de varejo, mas o foco principal é em entregas relacionadas à saúde. Em Ruanda, na África, por exemplo, os dispositivos são usados para distribuição de doações de sangue pelo território.
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Em outros países como China, Finlândia, Islândia, Japão e Suíça, os drones atendem, além de demandas do varejo, também às áreas farmacêutica (com medicamentos) e alimentícia.
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