China celebra sua primeira missão a Marte com novas moedas de ouro e prata

Por Flavia Correia, editado por Rafael Rigues 27/08/2021 18h10, atualizada em 30/08/2021 10h13
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O Banco Popular da China está emitindo três moedas comemorativas para celebrar o sucesso de Tianwen-1, a primeira missão do país a orbitar e pousar em Marte. (Crédito da imagem: Banco Popular da China)
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Para comemorar sua primeira missão bem-sucedida de orbitar e pousar em Marte, a China disponibilizou um novo conjunto de moedas comemorativas de ouro e prata no país. O Banco Popular anunciou que emitirá a edição limitada das moedas da Tianwen-1 na segunda-feira (30).

De acordo com o site Space.com, a emissão das moedas ocorre três meses após o primeiro rover da China, Zhurong, começar a explorar o Planeta Vermelho. Cada uma das três moedas representará um aspecto diferente da histórica missão.

O Banco Popular da China está emitindo três moedas de ouro e prata em comemoração à missão Tianwen-1 Marte do país. Imagem: Banco Popular da China

Rover Zhurong completou 90 dias em Marte

A China lançou sua espaçonave Tianwen-1 em julho do ano passado, e a sonda robótica de três partes entrou em órbita ao redor de Marte em fevereiro deste ano. 

Em maio, o módulo de pouso e o rover se separaram do orbitador e desceram à superfície de Utopia Planitia, uma grande bacia de impacto no planeta. Uma semana depois, o Zhurong saiu do módulo para começar a procurar vestígios de gelo de água e analisar a composição do solo marciano.

Rover Zhurong em Marte
Rover Zhurong completou sua missão em Marte. Imagem: CNSA/Divulgação

Agora, ele completou sua missão primária de 90 dias marcianos (90 sóis – ou cerca de 92 dias terrestres) e iniciou suas operações estendidas na superfície. Até o momento, Zhurong rodou quase 914 m, durante os quais explorou dunas, estudou rochas e enviou imagens do hardware de descida que o ajudou a pousar com segurança em Marte.

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Moedas comemorativas da China terão edição limitada

A primeira das três novas moedas é feita de ouro, pesa 150 g e mostra alguns dos equipamentos usados ​​na missão, incluindo o “casco” (backshell) da Tianwen-1 e o paraquedas supersônico. Tem 60 mm e também mostra imagens da superfície que foram tiradas durante a aterrissagem, com o rover e o módulo de pouso exatamente como apareceram quando empilhados juntos. Sua edição é limitada a mil moedas.

Uma moeda de ouro menor, de 8 g e 22 mm, tem gravada uma imagem do rover Zhurong na superfície marciana, e está limitada a 30 mil unidades. Por fim, a terceira delas é feita de prata, pesando 30 gramas e medindo 40 mm, e é limitada a 60 mil unidades. Nela, está estampado o orbitador Tianwen-1 circundando Marte.

Todas as três moedas de curso legal estão inscritas com os dizeres “Sucesso da Primeira Missão de Exploração de Marte da China – Tianwen-1” e compartilham um desenho comum em sua frente: o logotipo do programa de exploração planetária da China. Elas virão datadas de 2021.

Valores das moedas comemorativas da missão chinesa em Marte

Em relação aos valores, a maior é de 2.000 yuans (ou cerca de R$1.611). A moeda de ouro menor vale 100 yauns (equivalente a mais ou menos R$80). Já a moeda de prata tem um valor de 10 yauns (em torno de R$8).

As moedas comemorativas de ouro e prata Tianwen-1 foram cunhadas pela Shenzhen Guobao Mint Co. Ltd. e serão distribuídas pela China Gold Coin Corporation. Os detalhes da venda, incluindo o preço das três moedas, ainda serão divulgados no site da China Gold Coin Network .

Antes disso, a China já celebrou a missão Tianwen-1, sua primeira missão interplanetária bem-sucedida, com um selo postal lançado em setembro de 2020. O selo, que foi impresso com tinta fluorescente, retratava a sonda robótica deixando a Terra. Emitido pelo China Post, o selo de 1,2 yuan (ou cerca de R$1) comemorava o lançamento da missão Tianwen-1 dois meses antes.

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Flavia Correia
Redator(a)

Jornalista formada pela Unitau (Taubaté-SP), com Especialização em Gramática. Já foi assessora parlamentar, agente de licitações e freelancer da revista Veja e do antigo site OiLondres, na Inglaterra.

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Rafael Rigues é redator(a) no Olhar Digital