Uma pesquisa realizada na Universidade de Curtin, na Austrália, busca entender como funcionam os supervulcões que permanecem ativos e muito perigosos, mesmo após as erupções de proporções gigantescas que aconteceram há milhares de anos.

A pesquisa analisou um supervulcão localizado na Indonésia para tentar compreender como funciona esse período de dormência e como é possível prever futuras erupções nos novos supervulcões ativos.

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Cientistas afirmam que erupções de supervulcões podem ser devastadoras. Créditos: Luigi Morbidelli/Shutterstock

De acordo com o autor do estudo, Martin Danišík, as erupções de supervulcões estão entre os eventos mais catastróficos da história da Terra. O pesquisador afirma que os eventos são capazes de liberar enormes quantidades de magma instantaneamente, o que pode afetar gravemente o clima no planeta.

Uma erupção do gênero pode colocar a Terra sobre um severo período de “inverno vulcânico”, no qual as temperaturas de todo o planeta caem a graus extremamente baixos, afetando a produção de alimentos, o que pode resultar em fome generalizada.

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Danišík ressalta que compreender os supervulcões é uma tarefa muito importante já que as erupções são inevitáveis e são uma ameaça a cada 17 mil anos. O pesquisador afirma que após um episódio do tipo, o planeta pode levar décadas ou até mesmo séculos para se recuperar.

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O estudo da Universidade de Curtin ainda analisou o destino do magma da erupção de Toba, que aconteceu há 75 mil anos em Sumatra. O magma continuou escorrendo para fora da caldeira, ou depressão profunda causada pela erupção, de 5 a 13 mil anos após o evento. Além disso, a carapaça de magma solidificado remanescente foi empurrada para cima.

“As descobertas desafiaram o conhecimento existente e o estudo das erupções, o que normalmente envolve a procura de magma líquido sob um vulcão para avaliar o perigo futuro. Devemos agora considerar que as erupções podem ocorrer mesmo se nenhum magma líquido for encontrado sob um vulcão”, disse Martin Danišík.

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