Nesta quinta-feira (23), o Facebook anunciou que enviará a chefe global de segurança, Antigone Davis, para o Senado dos Estados Unidos para esclarecer a série de reportagens divulgadas pelo The Wall Street Journal afirmando que o Instagram pode prejudicar a saúde mental de adolescentes.
A audiência acontecerá para que o subcomitê de comércio do Senado discuta sobre a proteção ao consumidor. A senadora Marsha Blackburn afirmou ainda em entrevista à CNBC que espera que a audiência possa contar com a presença de representantes do TikTok, Twitter, Snapchat e YouTube.
Um porta-voz do YouTube afirmou que a empresa não enviará testemunhas para a audiência que acontecerá em 30 de setembro por ter ficado sabendo do evento muito tarde. No entanto, a empresa garantiu que está determinando uma data para enviar uma testemunha para relatar as políticas de privacidade e segurança infantil da plataforma.
De acordo com os relatórios divulgados pelo The Wall Street Journal, o principal problema encontrado no Instagram está nas comparações que os jovens fazem com os influenciadores. Isso acaba fazendo esses usuários se sentirem inferiores por não terem uma rotina semelhante ou por considerarem suas características físicas fora dos “padrões”.
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“Trinta e dois por cento das meninas adolescentes disseram que quando se sentiam mal com seus corpos, o Instagram as fazia sentir-se pior”, escreveram os pesquisadores. Problemas com imagem corporal afetam uma a cada três meninas na rede social, diz uma pesquisa feita em 2019 em relatórios anteriores.
Após o episódio, o chefe do Instagram, Adam Mosseri, minimizou as críticas em entrevista do podcast Recode Media. Segundo o executivo, os benefícios das redes sociais são maiores do que os malefícios criados por elas e discordou que essas plataformas possam ser comparadas com drogas ou cigarros, como recentemente foi sugerido para a FDA (agência regulatória dos Estados Unidos).
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