Um levantamento da empresa de cibersegurança NetScout estima que até 5,4 milhões de Ataques de Distribuição de Negação de Serviço (DDoS) foram realizados no mundo todo só na primeira metade de 2021. O número, presente no Relatório de Inteligência de Ameaças bianual da instituição, é 11% maior do que o mesmo período no ano passado.

Um ataque DDoS é a derrubada de um site ou serviço através da sobrecarga de um servidor. Normalmente ocorre quando milhares de máquinas tentam acessar um endereço web, e como cada dispositivo envia uma solicitação, o provedor não consegue responder. Este ciberataque é especialmente perigoso contra serviços e negócios digitais que dependem de transações online, ficando no prejuízo à medida que permanecem fora do ar.

O relatório estima que este seja o ano recorde destes ataques, ultrapassando 11 milhões antes de dezembro. Para se ter ideia, o número equivale ao total dos DDoS realizados em 2020, que já havia quebrado recordes com a pandemia.

“Os cibercriminosos estão lançando um número sem precedentes de ataques, beneficiando-se da massiva mudança para home office durante a pandemia, minando componentes vitais da cadeia de fornecimento de conectividade”, afirma Richard Hummel, líder de inteligência de ameaças da NetScout.

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A NetScout estima que a América Latina foi a região continental com maior frequência de ataques DDoS em 2021, com 555,039 — o que corresponde a um aumento de 39%. O período fora do ar, em média, totaliza 1 hora e 3 minutos. Empresas mais afetadas eram dos setores de telecomunicações, processamento de dados, compras online, serviços de publicação, streaming e busca, instituições religiosas e bancos comerciais.

Internet das Coisas criou botnets para ataques DDoS em 2021

Outro dos dados da NetScout foi que cibercriminosos tiveram a tendência de utilizar dispositivos de Internet das Coisas para ataques DDoS em 2021. Só neste ano, mais da metade dos ciberataques se aproveitavam da vulnerabilidade de ecossistemas smart para instalar botnets — as redes de aparelhos controlados remotamente por programas.

A maior parte dessas redes de botnets infectou computadores com sistemas Windows 7/8, Linux 2.2-3x e 2.4x, originando princialmente da China, Rússia e Vietnã neste período. Os malwares mais utilizados nos botnets contra Internet das Coisas eram o Mirai e o Gagfyt, respectivamente com 180 e 50 mil amostras coletadas durante o período.

Imagem: Frame Stock Footage/Shutterstock

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