O astronauta da agência espacial europeia (ESA), Thomas Pesquet, registrou o que pode ser uma das melhores imagens da aurora boreal, a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS). A imagem foi compartilhada por ele próprio no Twitter, mas foi originalmente capturada em 20 de agosto de 2021.

Pesquet não ofereceu muitos detalhes quanto à localização do registro fotográfico, então não podemos afirmar se os tons coloridos da imagem abaixo pertencem ao sul ou ao norte da Terra, o que não diminui em nada a beleza da foto produzida:

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“Mais uma aurora, mas essa é especial por ser tão brilhante: é a Lua cheia iluminando o lado mais escuro da Terra, quase como se estivesse de dia”, disse Pesquet em seu post.

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A aurora boreal – também chamada de “aurora polar” em alguns países – é causada pelos ventos solares em contato com o campo magnético da Terra, que perturba a trajetória de partículas energizadas (elétrons e prótons, normalmente, mas há outras em menor escala) que são levadas até a atmosfera. Isso resulta na ionização e emissão de luzes de várias cores e intensidade variável de brilho.

Um dos efeitos luminosos mais bonitos de serem observados, o interessante da aurora boreal é o sucesso que ela faz com astrônomos iniciantes e observadores casuais: dependendo de onde você estiver, ela não requer nenhum tipo de tecnologia específica para ser vista e isso pode ser feito mesmo a olho nu.

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Infelizmente, elas são mais facilmente enxergadas em regiões próximas aos polos. É por isso que regiões como o Canadá e o sul da Austrália têm mais registros dela. O Brasil, na condição geográfica de país tropical, não nos permite fazer isso (ao menos, não sem o uso de telescópios ou binóculos de alta precisão).

Imagem registrada pelo astronauta Thomas Pesquet mostra a aurora boreal, com a Terra vista em sua curva no espaço, com efeitos luminosos verdes brilhantes ocorrendo ao redor dela
Imagem registrada por Thomas Pesquet, astronauta da ESA, mostra a aurora boreal de forma extremamente detalhada (Imagem: Thomas Pesquet/ESA/Reprodução)

Claro, isso não foi um problema para Pesquet, já que o astronauta da ESA fez a captura da aurora boreal a 420 km fora da Terra, a bordo da ISS. Ele, inclusive, nem é o exemplo mais recente: a tripulação da missão civil Inspiration4, da SpaceX, também enxergou a aurora em sua viagem. Jared Isaacman, que liderou a missão, respondeu ao tuíte de Pesquet, dizendo ter visto o efeito de luz, “mas não desse jeito”.

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A companheira de viagem de Pesquet, a astronauta Megan McArthur, da Nasa, falou à imprensa, em agosto, que a aurora boreal também a impressionou: “eu não esperava ficar tão surpresa com as auroras, mas eu meio que fiquei impressionada para o quanto elas são de tirar o fôlego, e quão hipnotizante foi vê-las com meus próprios olhos”.

Supondo que Pesquet e McArthur não façam mais nenhum registro do tipo, essa bela imagem serve como uma boa despedida: os dois astronautas estão agendados para retornar à Terra em novembro de 2021.

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