A Hope Mars Mission, primeira missão interplanetária dos Emirados Árabes Unidos (EAU), estuda o planeta Marte através da sonda Hope (esperança, na tradução). Na última quarta-feira (30), imagens das auroras do planeta vermelho, fenômenos difíceis de estudar, fotografadas pelo equipamento foram divulgadas.

As três fotos foram publicadas nas redes sociais oficiais da missão emiradense. A sonda flagrou, com o espectrômetro ultravioleta, as auroras nos dias 22 e 23 de abril e 6 de maio deste ano. Elas mostram a emissão de oxigênio atômico ao redor de Marte com comprimento de onda de 103,4 nanômetros.

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“Essas imagens excepcionais e sem precedentes mostram a primeira vez que esse fenômeno foi capturado em detalhes de alta resolução”, destacou a missão. As três fotos mostram Marte ao entardecer. Do lado escuro do planeta, onde já era noite, é possível observar pontos de luz, que são auroras discretas.

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“Os pontos de luz que se destacam contra o disco escuro à noite são auroras discretas altamente estruturadas, que traçam onde partículas energéticas interagem com a atmosfera depois de serem afuniladas por uma rede irregular de campos magnéticos da crosta que se originam de minerais na superfície de Marte”, explica o texto de divulgação.

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As fotos das auroras foram feitas nos dias 22 e 23 de abril e 6 de maio. Imagem: Hope Mars Mission/Divulgação

A captura das imagens aconteceu antes mesmo do começo da missão científica formal da sonda Hope. A descoberta não fazia nem parte das observações planejadas pela missão. A dificuldade em flagrar esses fenômenos animou bastante os cientistas envolvidos no trabalho.

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“Vê-los de imediato foi empolgante e inesperado. É definitivamente algo que estava em nosso radar, por assim dizer, mas olhar para o primeiro conjunto de dados noturnos e dizer ‘espere um segundo – é isso? – não pode ser – é! ‘ foi muito divertido”, disse Justin Deighan, cientista planetário da Universidade do Colorado e vice-líder científico da missão, em entrevista ao Space.com.

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Diferente da Terra, as auroras em Marte não são restritas aos polos norte e sul. Por aqui, elas são ligadas ao campo magnético do planeta. Em Marte, a atmosfera magnética não está alinhada como a terrestre. Segundo Deighan, lá é como se “pegasse um saco de ímãs e os jogasse na crosta do planeta”.

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“Sabíamos que o instrumento teria potencial para isso. Não foi projetado para isso. Mas porque temos uma missão que visa a cobertura global e estamos olhando para Marte de lados diferentes e com muita frequência dentro da atmosfera, isso nos permitiu ter essa medição de auroras discretas, o que é muito emocionante”, explicou Hessa Al Matroushi, líder científico da missão, também ao Space.com.

Via: Futurism

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