Sonda BepiColombo mostra as crateras de Mercúrio em nova imagem

Sonda é parte de missão conjunta entre a ESA e a JAXA, e coleta informações mais detalhadas sobre o menos explorado dos planetas
Por Rafael Arbulu, editado por Rafael Rigues 04/10/2021 10h32, atualizada em 05/10/2021 11h41
Imagem da sonda BepiColombo, mostrando Mercúrio e suas crateras
Imagem: ESA/JAXA/Divulgação
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Projeto conjunto entre as agências espaciais europeia e japonesa (ESA e JAXA, respectivamente), a sonda espacial BepiColombo fez nova passagem por Mercúrio na última sexta-feira (1), evidenciando as inúmeras crateras do planeta em uma nova imagem divulgada.

A BepiColombo deixou a Terra em 2018, partindo em direção a Mercúrio a fim de coletar informações mais precisas sobre a composição de sua superfície, suas crateras e, acima de tudo, descobrir como o planeta conseguiu evoluir estando tão perto do Sol, com temperaturas que podem passar dos 350º C. Vale lembrar que a sonda está fazendo passagens pela área, mas só entrará em órbita do planeta em meados de 2025.

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A ESA inclusive divulgou comunicado onde elabora uma teoria sobre as crateras:

“Uma ideia é a de que [Mercúrio] começou como um corpo celestial maior, que perdeu a maior parte de suas rochas em um impacto gigantesco. Isso o deixou com um núcleo de ferro relativamente grande, por onde seu campo magnético é gerado, mas apenas uma fina camada externa de rochas”, diz o comunicado. “Mercúrio não tem nada parecido com o que vemos, por exemplo, nos planaltos lunares: a sua superfície é escura por toda parte, tendo se formado pelo vasto despejo de lava há bilhões de anos”

“Essa lava traz as marcas de crateras formadas pelo impacto de asteroides e cometas batendo contra a superfície”, continua o texto. “As depressões de algumas das crateras mais antigas e maiores foram inundadas por despejos de lava mais jovens, além de existirem inúmeros pontos onde explosões vulcânicas explodiram a superfície por baixo”.

A BepiColombo ainda não está orbitando Mercúrio, mas já se encontra a uma distância onde usa a própria gravidade do planeta para direcionar suas passagens. Segundo as agências, o tempo necessário para atingir a órbita em definitivo é de sete anos. Considerando o lançamento da sonda em outubro de 2018, estamos chegando na metade deste prazo.

Por ora, apenas a imagem acima foi divulgada, mas a ESA promete novas fotos nos próximos dias. A expectativa é a de que as imagens produzidas no futuro tenham cada vez mais resolução e detalhes à medida em que a sonda BepiColombo vá chegando mais e mais perto de Mercúrio e suas crateras.

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Jornalista formado pela Universidade Paulista, Rafael é especializado em tecnologia, cultura pop, além de cobrir a editoria de Ciências e Espaço no Olhar Digital. Em experiências passadas, começou como repórter e editor de games em diversas publicações do meio, e também já cobriu agenda de cidades, cotidiano e esportes.

Redator(a)

Rafael Rigues é redator(a) no Olhar Digital