Taxa de mortalidade é alta em pacientes de Covid-19 com problemas cardíacos

Gabriela Bulhões06/10/2021 23h59, atualizada em 31/10/2022 14h29
Dois remédios para artrite reduzem mortes por Covid-19, diz OMS
Imagem: vitalworks (Pixabay)
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A Pesquisa do Instituto do Coração (Incor) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) apontou uma taxa considerada alta de mortalidade hospitalar (42%) em pacientes com Covid-19 que possuem problemas cardíacos em decorrência da doença.

Os dados revelaram que 71% desses pacientes necessitaram de terapia intensiva durante a internação e 54,2% apresentaram lesões no músculo cardíaco.

A pesquisa identificou também fatores como de agravamento do quadro clínico e morte, insuficiência cardíaca prévia, presente em 12,6% dos participantes, alterações no ecocardiograma (6%), síndromes coronárias agudas (5,7%) e arritmias (4,5%).

O estudo foi conduzido pelo presidente do Conselho Diretor do Incor, Roberto Kalil Filho, e também pela pesquisadora Patrícia Guimarães. Chamada de ‘CoronaHeart’, a pesquisa foi feita baseada na avaliação de 2.546 pessoas com idade média de 64 anos, internadas em 21 unidades hospitalares, do período de junho a outubro de 2020. 

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“Primeiro na América do Sul, esse estudo passa agora a compor o conjunto mundial de informações sobre intercorrências cardíacas em pacientes com Covid-19, ao lado de pesquisas da Itália, dos Estados Unidos e da Inglaterra. Como cada população tem sua especificidade, é importante que tenhamos esse estudo como um recorte brasileiro”, comentou o médico Roberto Kalil.

Outra particularidade observadas no Brasil foi o risco aumentado de mortes em pacientes com algum tipo de câncer, por conta da fragilidade do sistema imune. O dado é parecido aos resultados de pesquisas na China e não há nada registrado em estudos do continente europeu.

Por fim, o estudo mostrou que no Brasil foi notada uma equalização entre o número de mortes de homens e de mulheres. Enquanto em outros países, verificou-se a prevalência do sexo masculino no registro de óbitos.

Fonte: Agência Brasil

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Redator(a)

Gabriela Bulhões é redator(a) no Olhar Digital