Num bizarro conflito de baixa tecnologia oficial e (aparente) alta tecnologia criminosa, um navio a vela da marinha equatoriana capturou um narcossubmarino ems águas internacionais.
O incidente ocorreu próximo das Ilhas Galápagos, entre as águas territoriais da Colômbia e Equador, na última sexta-feira. Segundo a Marinha do Equador, três equatorianos e um colombiano foram presos com a embarcação.
“A Barca Escola Guayas, cumprindo seu cruzeiro de instrução internacional, pôde interditar essa embarcação para sua posterior captura; estas embarcações tipo LPV de fabricação artesanal são regularmente empregadas por organizações de narco-crimes transnacionais para o transporte de substância sujeitas à fiscalização, por sua capacidade de carga e mimetismo em alto mar”, afirma a nota emitida pela Marinha.

A barca BAE Guayas é um navio-escola de três mastros e 74,8 metros de comprimento. Foi lançado em 1976 em Bilbao, Espanha, e comissionado em 1977 pelo Equador. No momento da captura, havia 147 marinheiros dentro dele, de uma tripulação máxima de 235.
Narcossubmarinos: mais narcos que submarinos
Já os narcossubmarinos não são realmente submarinos: mais frequentemente são veículos de perfil baixo (esse é o LPV citado pelos equatorianos, uma sigla em inglês: “low profile vehicle”). Essas lanchas ficam quase totalmente submersas no mar, e com isso, escapam à detecção por radar e são muito difíceis de avistar.
Submarinos de verdade já foram encontrados em instalações de narcotraficantes, antes de serem lançados, mas nenhum jamais foi encontrado em ou após o uso (o que significa que ou são realmente eficientes ou, muito pelo contrário, jazem no fundo do mar).
Sem informações oficiais dos militares equatorianos, o especialista em combate naval l H.I. Sutton fez algumas estimativas a respeito do veículo capturado. Diz ele: “A carga, provavelmente cocaína, de 1,5 a 6 toneladas, é levada no casco frontal, entre tanques de combustível. A tripulação ocupa o pequeno cockpit na popa, acessando as drogas por um túnel. Os três motores traseiros provêm propulsão segura com redundância.”

Segundo a Marinha Equatoriana, os quatro tripulantes foram embarcados para as autoridades civis no continente.
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