Covid-19: vacinação infantil deve ganhar força após autorização da FDA

Por Matheus Barros, editado por Lyncon Pradella 27/10/2021 13h26
Criança sendo vacinada
Crédito: Ira Lichi/Shutterstock
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A Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora dos Estados Unidos, anunciou que recomenda a imunização contra a Covid-19 de crianças de 5 a 11 anos. O grupo de especialistas que compõe o órgão apontou a segurança da vacinação com doses da Pfizer.

Infectologista e pediatras de todo o mundo comemoram a decisão, pois deve influenciar governos de outros países, incluindo o Brasil, a também autorizar a vacinação deste grupo que representa 32% de toda a população mundial.

No Brasil, por exemplo, cerca de 8,5% da população é composta por crianças e adolescentes. O grupo representou menos de 2% das hospitalizações por Covid-19 e 0,35% do total de óbitos pela doença.

Vacina da Pfizer
Covid-19: imunização infantil deve ganhar força após autorização da FDA. Foto: pcruciatti/Shutterstock

No entanto, é importante salientar que mesmo com as baixas taxas, este número não significa poucas perdas. O presidente do Departamento de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria, Renato Kfouri, apontou que são quase 2.400 crianças e adolescentes mortos.

Kfouri salientou que outra grande preocupação no grupo pediátrico é a Covid-19 longa. “Cerca de 15% mantem sintomas por cinco semanas, como perda de olfato, cefaleia, distúrbios de concentração e de sono, além da síndrome inflamatória multissistêmica, com letalidade de 7%. São complicações importantes”, explicou o médico.

A vacinação em crianças tende a ser ainda mais eficaz, devido a maior força do sistema imunológico. Por isso, as doses sofrem alterações para serem aplicadas neste grupo, no caso da Pfizer, por exemplo, os cientistas elaboraram uma vacina menos concentrada, mas que desenvolve a mesma proteção.

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Outros países do mundo, como Argentina, China, Chile, El Salvador e Emirados Árabes, estão utilizando a CoronaVac para realizar a imunização do grupo pediátrico, pois o imunizante de fabricação chinesa é feito com vírus inativado.

Em agosto deste ano, o Instituto Butantan enviou um estudo à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre a vacinação infantil, mas o órgão apontou que os dados ainda eram insuficientes. O Brasil ainda não possui uma previsão para iniciar a imunização pediátrica contra a Covid-19.

Fonte: O Globo

Crédito da imagem de destaque: Ira Lichi/Shutterstock

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Matheus Barros
Redator(a)

Formado em Jornalismo pela FIAM FAAM, Matheus Barros iniciou seu trabalho em redação jornalística no portal da RedeTV! e hoje atua como repórter de Internet e Redes Sociais do Olhar Digital.

Lyncon Pradella
Ex-editor(a)

Lyncon Pradella é jornalista formado pela Universidade Nove de Julho. Foi estagiário da RedeTV! e repórter freelancer do UOL antes de se tornar Editor do Olhar Digital.