A Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora dos Estados Unidos, anunciou a aprovação de uma espécie de cirurgia não incisiva, feita com ondas sonoras, para tratar alguns sintomas avançados do Parkinson.
A autorização saiu após a agência analisar testes da Escola de Medicina da Universidade da Virgínia que mostraram o sucesso do tratamento. A cirurgia em questão, utiliza um aparelho de ultrassom focado para tratar problemas de mobilidade, rigidez e movimentos involuntários conhecidos como discinesias.
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A aprovação do novo tratamento foi considerada uma vitória, já que os tratamentos envolviam uso de medicamento que não surtiam efeitos em muitos pacientes, ou cirurgias cerebrais extremamente invasivas.
O uso do ultrassom não necessita de qualquer incisão no crânio, o aparelho concentra ondas sonoras dentro do cérebro para interromper os circuitos cerebrais defeituosos. Os médicos realizam o procedimento com o apoio de imagens de ressonância magnética para garantir que as alterações feitas reflitam em um bom resultado.
![Mal de Parkinson](https://img.odcdn.com.br/wp-content/uploads/2020/12/shutterstock_491203939.jpg)
“Embora este procedimento não forneça uma cura para a doença de Parkinson, existe agora uma opção menos invasiva para pacientes que sofrem de discinesia induzida por medicamentos ou déficits motores graves”, disse o neurocirurgião Jeff Elias, responsável pelos testes com o novo aparelho.
“Esta aprovação da FDA para a palidotomia por ultrassom focalizado permite mais opções de tratamento se os medicamentos se tornarem ineficazes ou causar efeitos colaterais incapacitantes”, completou o médico.
Elias ainda afirmou que o procedimento ainda está em um estágio muito inicial, mas ressaltou que a experiência e avanços tecnológicos aumentarão ainda mais a segurança e eficácia do tratamento.
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