O pequeno Bernardo, de apenas 7 meses, tomou o remédio Zolgensma, conhecido por ser o mais caro do mundo, cuja aplicação custa cerca de R$ 11 milhões por paciente. O medicamento é usado para tratar crianças com atrofia muscular espinhal (AME).

O bebê tomou a dose na última quinta-feira (11) e 4 dias depois ele já consegue mexer os braços. “O sentimento que eu tive no momento da aplicação foi surreal. Não sei nem falar, nem definir o momento, mas, o principal é o sentimento de dever cumprido que eu e o meu marido tivemos”, disse a mãe em entrevista ao G1.

“Nós chegamos no nosso objetivo e foi uma hora, um momento que pareceu 300 anos. Eu fiquei flutuando no chão parece, ao mesmo tempo que tinha sido invadida por uma sensação de muita gratidão”, completou Camila Mariela Cattanio, de 37 anos.

Imagem: Reprodução/G1

Menino usou remédio mais caro do mundo

A família ainda está no Paraná e deve retornar para o Mato Grosso do Sul nas próximas semanas. “O Bernardo ainda precisa fazer exames de sangue, do fígado. A primeira coleta vai ser amanhã e a próxima na outra quinta-feira. Se estiver tudo certo, nós vamos voltar para casa e ele vai passando por exames todo mês, a cada 45 dias. Mas ele está evoluindo já e eu chorei de emoção ao ver ele erguendo os braços”, disse também.

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No Brasil, o remédio conhecido por ser o mais caro do mundo recebeu autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 2020 e custa US$ 2,1 milhões (cerca de R$ 11,5 milhões).

O medicamento foi adquirido após decisão judicial. Antes do novo tratamento, Bernardo fazia uso de um remédio experimental, sem promessa de cura da doença.

A criança sofre de AME Tipo 1, a forma mais grave da doença, que causa a morte dos neurônios motores da medula espinhal. Essa condição afeta os movimentos musculares do corpo, podendo inclusive afetar a respiração e causar a morte.

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