Semaglutida: como funciona a “caneta contra a obesidade”

Jeniffer Cardoso28/11/2021 10h01
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Pessoas que fizeram jejum intermitente tiveram menor ou nenhuma perda de peso em comparação com as que seguiram dietas tradicionais - Shutterstock/Reprodução
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Em junho deste ano, o Food and Drug Administration (FDA), órgão similar à Anvisa nos Estados Unidos, aprovou um novo medicamento para emagrecimento que usa a substância semaglutida, que, segundo os médicos, pode trazer uma grande melhoria no tratamento de pacientes com sobrepeso e obesidade.

O medicamento, desenvolvido inicialmente para o tratamento de pacientes com diabetes tipo 2, é aplicado com uma “caneta”, mesmo método usado para outros tipos de remédio e insulinas.

O tratamento para o controle do peso é indicado para pessoas com Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 30 ou quando o sobrepeso acarreta problemas como apneia, hipertensão ou a própria diabetes. Em ensaio clínico, os voluntários perderam em média 12,4% de seu peso corporal. Em um segundo, a média foi de 6,2%.

Obesidade e a Covid-19
Semaglutida é vista como alternativa para o tratamento de pacientes com sobrepeso e obesidade Imagem: jarmoluk (Pixabay)

Como a semaglutida age no corpo?

Toda vez que uma pessoa come, o hormônio GLP-1 “avisa” para o cérebro que chegou o momento de iniciar a produção de insulina para que a glicose seja absorvida pelas células. É sobre esse hormônio que a semaglutida age. Enquanto o nosso hormônio dura 10 minutos de forma natural, a substância sintética trabalha por uma semana. Ou seja, a sensação de fome desaparece por mais tempo.

A dose do medicamento para o controle da obesidade varia de acordo com o paciente e a posologia deve ser definida pelo médico. No entanto, estudos científicos apontam que a dose média para esse tipo de tratamento é de 2,4 mg por semana.

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Semiglutida pode gerar efeitos colaterais

Como qualquer medicamento, a semaglutida também pode gerar efeitos adversos. Entre os sintomas, estão náusea, diarreia ou prisão de ventre, e dor abdominal.

Há ainda a possibilidade do paciente ter dores de cabeça, fadiga, indigestão, tontura, distensão abdominal, refluxo, flatulência e hipoglicemia (quando o nível de açúcar no sangue despenca).

Vale destacar que o medicamento tem um custo alto, que beira os 1,3 mil dólares. Além disso, ainda são necessárias algumas avaliações, como seus efeitos de longo prazo.

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Jeniffer Cardoso
Redator(a)

Jeniffer Cardoso é formada em jornalismo pela Universidade Metodista de SP e trabalha na área desde 2004. Chegou ao Olhar Digital em 2021, para atuar na distribuição de conteúdo nas redes sociais.