A Retinopatia Diabética, um tratamento feito para evitar cegueira em pacientes com diabetes, está com os medicamentos atrasados em mais de 500 dias, segundo a ADJ Diabetes Brasil. Cerca de 4 milhões de pacientes fazem uso desses remédios através do Sistema Único de Saúde.

Em março de 2020 o Ministério da Saúde realizou uma consulta pública para decidir sobre o tratamento da Retinopatia Diabética. Na ocasião, ficou determinado que, 180 dias depois, o tratamento com aflibercete passaria a ser fornecido pelo Sistema Único de Saúde.

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Protocolo de tratamento contra a cegueira em diabéticos

“A falta de comprometimento do Ministério da Saúde com as pessoas que têm diabetes e a falta de acesso aos exames e tratamentos aumenta a incidência de cegueira no País”, diz a ADJ.

Em setembro de 2020, o CONITEC (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde) então pediu que o medicamento ranibizumabe, outro remédio usado em pacientes com a doença, fosse liberado para o tratamento pelo SUS. Nenhuma das duas medicações estão disponíveis até o momento.

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“Em maio de 2021, mais uma reunião da Conitec foi realizada com a aprovação de um novo PCDT, agora com ambos tratamentos supostamente incorporados e, mesmo assim, o Ministério da Saúde ainda não publicou e também não fez qualquer movimento para a compra dos dois medicamentos”, completa a ADJ.

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“Queremos urgência na publicação do protocolo e na distribuição dos medicamentos para evitar a cegueira em milhões de brasileiros”, diz ainda. “O risco de cegueira pode ser reduzido para menos de 5% se a Retinopatia Diabética for diagnosticada a tempo”, finaliza a nota.

O Ministério da Saúde não se pronunciou sobre o atraso na distribuição dos medicamentos e na publicação dos protocolos para Retinopatia Diabética.

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Via Estadão

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