Em um movimento que aproveita as críticas levadas a publishers e estúdios e certas práticas deveras questionáveis, alguns desenvolvedores de jogos estão usando o Twitter para compartilharem seus próprios salários, no intuito de gerar maior transparência na indústria.
Na rede social de microblogs, a hashtag “#GameDevPaidMe” vem ganhando tração, com postagens não apenas elencando salários, mas também o crescimento de remuneração frente aos cargos ocupados e as empresas que ofereceram os ganhos mais atraentes. Alguns, como no primeiro tuíte, logo abaixo, trazem até uma planilha de Excel.
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É importante ressaltar que, embora a iniciativa por trás da hashtag venha para aproveitar o “embalo” de situações péssimas vividas por profissionais do ramo – como os casos de assédio vistos na Ubisoft e na Activision, para citar alguns -, os tuítes desse assunto específico são majoritariamente comemorativos, ressaltando valorização salarial e compensação, aparentemente, satisfatória.
Os mais críticos são, em sua maioria, artistas e estúdios independentes (que normalmente contam com pouca verba) ou desenvolvedores de outros setores que acabam ganhando menos. Vale lembrar, porém, que ninguém está celebrando “um prêmio da Mega Sena” em compensações trabalhistas – boa parte dos salários divulgados segue uma média esperada.
Ah, e não encontramos, em uma busca rápida, nenhum tuíte pertinente a desenvolvedores de jogos brasileiros, com salários de dentro do mercado nacional (brasileiros no exterior não contam), pela hashtag ou mesmo por alguma versão traduzida dela.
Um aspecto interessante deste assunto é o paralelo que pode ser traçado entre a indústria de games e o mercado em geral. No LinkedIn, por exemplo, existem alguns “top voices” (como a rede se refere aos seus influenciadores de destaque) que advogam em favor da transparência na divulgação de salários – a ideia é mostrar empresas e remunerações mais e menos atraentes a fim de incentivar quem paga pouco a ampliar suas compensações para algo mais próximo da média.
Independente de qual das duas redes você possa estar acompanhando o assunto, ainda não é possível dizer se qualquer resultado será visto de forma prática. Empresas – independente do ramo – são notoriamente elusivas no que tange à divulgação de salários, e mesmo a oferta de vagas de emprego tendem a reservar essa informação para o ato da entrevista.
E você, o que acha? Se sentiria confortável em divulgar suas remunerações? Ou prefere a tradição de manter isso em segredo? Conte-nos nos comentários!
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