Meteoro ilumina o céu do Pará; assista

Por Marcelo Zurita, editado por Layse Ventura 29/12/2021 16h43, atualizada em 14/11/2022 10h06
Meteoro amazônia dinossauros
Imagem: Divulgação
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Um grande clarão foi visto neste domingo (26) no céu de várias cidades do Estado do Pará. O fenômeno foi registrado por câmeras de vigilância e foi seguido por um forte estrondo, sentido principalmente no município de Porto de Moz, na região do Baixo Amazonas. Segundo a BRAMON, a Rede Brasileira de Observação de Meteoros, o clarão e o estrondo foram gerados por um bólido, que nada mais é do que um meteoro muito brilhante. A explicação foi dada após a análise de imagens do Clima ao Vivo que registraram o fenômeno. Confira o vídeo:

O clarão gerado pelo meteoro também foi detectado do espaço, através do instrumento de detecção de relâmpagos do satélite GOES-16, que opera a mais de 35 mil quilômetros de altitude.

Clarão do meteoro detectado pelo Satélite GOES-16 – Créditos: CIRA / RAMMB / NOAA

Qual a diferença entre meteoros e meteoritos?

O meteoro é um fenômeno luminoso provocado pela passagem de um fragmento de rocha espacial por nossa atmosfera. Como esses objetos viajam no espaço a velocidades muito elevadas, quando atingem nossa atmosfera eles comprimem e aquecem o ar à sua frente, e isso faz com que eles brilhem intensamente.

O calor gerado durante a passagem atmosférica geralmente vaporiza os pequenos fragmentos de rocha que nos atingem. Mas quando o objeto é maior, ele atinge as camadas mais baixas e densas da atmosfera. Além de gerar um brilho bem mais intenso, isso pode provocar uma onda de choque que é sentida em solo como o barulho de um trovão ou explosão. 

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Nesses casos, há uma grande possibilidade que parte da rocha espacial tenha resistido à passagem atmosférica e tenha chegado ao solo, gerando o que chamamos de meteoritos.

Esse parece ser o caso do bólido de Porto de Moz, registrado por câmeras do Clima ao Vivo e também por outras câmeras de segurança na região. A BRAMON está trabalhando na determinação da trajetória exata do meteoro e também na área de dispersão dos possíveis meteoritos, mas ao que tudo indica, o meteoro teve uma trajetória de nordeste para sudoeste, se extinguindo no limite entre os municípios de Porto de Moz e Altamira

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Marcelo Zurita
Colunista

Pres. Associação Paraibana de Astronomia; membro da Sociedade Astronômica Brasileira; diretor técnico da Rede Brasileira de Observação de Meteoros – e coordenador regional do Asteroid Day Brasil

Layse Ventura
Editor(a) SEO

Layse Ventura é jornalista (Uerj), mestre em Engenharia e Gestão do Conhecimento (Ufsc) e pós-graduada em BI (Conquer). Acumula quase 20 anos de experiência como repórter, copywriter e SEO.