Robôs cortadores de grama têm ganhado cada vez mais espaço no mercado, inclusive no Brasil, com nomes como o Navimow. Diante do cenário, o que fazer com os velhos cortadores a gasolina ou elétricos? A startup Electric Sheep Robotics lançou a solução: um robô chamado Dexter, capaz de transformar qualquer cortador de grama em um cortador autônomo.

De acordo com a companhia, o Dexter foi projetado para lidar com a mão de obra escassa nos setores de paisagismo e gestão de propriedades nos Estados Unidos. Segundo a Nalp (Associação Nacional dos Profissionais de Paisagismo, na sigla em inglês), o ano de 2021 foi o “pior mercado de trabalho na história recente”. Com base nisso, a Electric Sheep decidiu colocar o robô-cortador de grama autônomo no mercado. Por enquanto, seu maior cliente é uma universidade na costa leste dos EUA com aproximadamente 70,8 hectares de gramado para cortar.

“Dedica-se mais terra e água aos gramados do que trigo e milho juntos e mais de 40 milhões de acres [o equivalente a 161.874 m2] de terra nos EUA possuem algum tipo de grama”, explica o CEO da Electric Sheep, Naganand Murty. “Vinte bilhões de dólares [cerca de R$ 110 bi] também são alocados anualmente apenas para cortar grama. Soluções como o robô Dexter, então, ajudam nossos clientes a atender à demanda e alocar melhor sua mão de obra já escassa.”

Cortador de gram autônomo Dexter
Electric Sheep Robotics/Divulgação

Como funciona?

De acordo com a Electric Sheep, o Dexter pode ser acoplado a modelos populares de cortadores elétricos ou a gasolina. O cortador de grama autônomo extrai dados por meio de sensores LiDAR, GPS e ultrassônicos e é programado para desligar caso um animal ou objeto o atrapalhe, assim como outros robôs em um armazém ou fábrica.

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Uma vez instalado, os usuários conduzem o sistema por um caminho de corte padrão para treiná-lo. “Não há nada trivial ou prosaico no robô que estamos construindo”, explica Murty, em entrevista à Bloomberg. “Ele está resolvendo uma necessidade real das empresas”.

Por enquanto, o Dexter está disponível para paisagistas por meio de um modelo RaaS (robótica como serviço) e apenas por regime de aluguel. A Electric Sheep estrutura os custos mensais de forma parelha aos salários locais, mas Murty preferiu não fornecer um preço-base.

Nesta semana, a Electric Sheep recebeu um investimento de US$ 21 milhões (aproximadamente R$ 112 milhões) da Tiger Global Management. Conhecida por sua abordagem de negócios agressiva, a Tiger tem sido uma das gestoras de investimentos mais ativas no mundo nos últimos meses, apostando especialmente em empresas de tecnologia.

Via Techcrunch

Imagem: Electric Sheep Robotics/Divulgação

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