Pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, apontaram que um novo tratamento pode retardar os efeitos da Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) em pacientes com idades entre 40 e 65 anos.  

A ELA é uma doença do sistema nervoso que afeta as células e como consequência reduz a funcionalidade dos músculos de todo o corpo. A doença neurodegenerativa não tem cura e, segundo o Ministério da Saúde do Brasil, o óbito de pacientes acontece entre três e cinco anos após o diagnóstico.  

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Porém, a pesquisa publicada pela revista Muscle & Nerve afirma que um novo medicamento apresenta maior eficácia em pessoas que sofrem com níveis mais altos da inflamação crônica, interrompendo a progressão degenerativa.  

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Conhecido como NP001, o remédio suspendeu temporariamente o declínio do quadro de pacientes. “Minha esperança é que possamos continuar o estudo de pacientes cuja progressão da doença diminuiu ou parou com NP001 em comparação com placebo”, disse Michael S. McGrath, um dos pesquisadores responsáveis.  

O estudo testou o medicamento em 154 pessoas diagnosticadas com ELA com idades entre 32 e 76 anos e notou que cerca de 117 pacientes apresentaram uma melhora acentuada no quadro clínico. A melhora aconteceu em voluntários com idade entre 40 e 65 anos, que representam 76% das pessoas analisadas.  

Ilustração 3D de astrócitos e vasos sanguíneos,
Pesquisa aponta novo tratamento capaz de retardar a ação da ELA. Imagem: Kateryna Kon/Shutterstock

McGrath ainda afirmou que “temos muito a aprender sobre a patogênese da ELA e a melhor forma de tratar, mas acredito que encontramos um caminho a seguir para o uso de uma abordagem imunorreguladora para um grande subconjunto de pacientes”. 

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