Os aeroportos de Congonhas, em São Paulo, e Santos Dumont, no Rio de Janeiro, terão a primeira ponte aérea brasileiro com embarque totalmente digital. Os terminais vão implantar de forma definitiva o embarque facial 100% biométrico tanto para passageiros como para tripulantes.
A novidade é uma cooperação técnica entre Infraero e Serpro, empresa de tecnologia do Governo Federal, assinada nesta sexta-feira (11). O acordo prevê esforços mútuos visando à instalação, à operação e ao aprimoramento da iniciativa de forma coordenada nos dois terminais aéreos.
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O embarque digital é parte do programa Embarque + Seguro 100% Digital. Ele foi criado e é coordenado pelo Ministério da Infraestrutura. A tecnologia dispensa a apresentação de documentos de identificação no momento de acesso à sala de embarque e aeronaves.
O objetivo é justamente tornar mais seguro, eficiente e ágil o processamento de tripulantes e passageiros. De outubro de 2020 até janeiro de 2022, os testes do programa receberam a participação de 6,2 mil passageiros, em sete aeroportos brasileiro. No caso de tripulantes, foram quase 200 pilotos e comissários de bordo avaliando o embarque biométrico em Congonhas e no Santos Dumont, de novembro do ano passado a janeiro deste ano.
A cooperação tem vigência de 18 meses. A Infraero vai adquirir os equipamentos necessários para usar o sistema de reconhecimento biométrico desenvolvido pelo Serpro, que deve prover a solução de validação de identidades por meio de seu sistema.

“O uso em definitivo da biometria em nossos aeroportos é algo realmente inovador, uma grande evolução em tema estratégico para o setor aéreo. Garante mais segurança aos usuários, agiliza os procedimentos de embarque e de acesso às aeronaves, reduz custos das empresas, que terão menos equipes nessas operações e tempo menor com aeronaves em solo”, disse o secretário-executivo do Ministério da Infraestrutura, Marcelo Sampaio.
Como funciona o embarque digital
O procedimento, para passageiros, começa no check-in. Através de dados pessoais, CPF e uma foto do viajante, um atendente da companhia aérea vai usar o aplicativo do Serpro para realizar a validação biométrica, comparando com as bases do governo. Depois, o cliente pode acessar a sala de embarque e a aeronave, passando pelos pontos de controle biométricos.
Já para os tripulantes, um equipamento de leitura biométrica coleta a leitura facial e valida os parâmetros biométricos junto à base de dados da CHT Digital – iniciativa da Anac –– na hora do controle de acesso à Área Restrita de Segurança (ARS). Assim, o acesso é liberado sem necessidade de contato com o agente de controle.
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