Pesquisadores apontam que pacientes sobreviventes de ataque cardíaco possuem menor risco de desenvolver Parkinson, quando comparados com o restante da população. “Essas descobertas indicam que o risco de doença de Parkinson pelo menos não aumenta após um ataque cardíaco e não deve ser uma preocupação para os pacientes ou um foco preventivo para os médicos no acompanhamento”, explica o líder do estudo, Jens Sundbøll.
“Não se sabe se essa relação inversa com o risco de doença de Parkinson se estende a pessoas que tiveram um ataque cardíaco. Portanto, examinamos o risco a longo prazo da doença de Parkinson e parkinsonismo secundário entre os sobreviventes de ataque cardíaco”, continuou.
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O Parkinson é um distúrbio mental caracterizado pela perda progressiva do movimento físico, que inclui tremores e até mesmo a perda da capacidade de falar ou se locomover. A doença é incurável e pode ser associada a problemas como depressão, perda de memória e fadiga.
Os pesquisadores selecionaram 182 mil voluntários que tiveram um ataque cardíaco entre 1995 e 2016 e outras 909 mil pessoas que não sofreram o problema. Ao comparar os grupos, notou-se um risco 20% menor do Parkinson no primeiro grupo, e um risco 28% menor de parkinsonismo secundário entre aqueles que tiveram um ataque cardíaco.
O parkinsonismo apresenta sintomas semelhantes ao Parkinson e pode ser causado por um acidente vascular cerebral (AVC), medicamentos psiquiátricos ou cardiovasculares.

“Para os médicos que tratam pacientes após um ataque cardíaco, esses resultados indicam que a reabilitação cardíaca deve ser focada na prevenção de acidente vascular cerebral isquêmico, demência vascular e outras doenças cardiovasculares, como um novo ataque cardíaco e insuficiência cardíaca, uma vez que o risco de Parkinson parece estar diminuído em esses pacientes, em comparação com a população em geral”, concluiu a pesquisa.
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