Sobreviventes de ataque cardíaco têm menos risco de desenvolver Parkinson, diz estudo

Por Matheus Barros, editado por Lucas Soares 16/02/2022 12h16, atualizada em 16/02/2022 13h56
Mal de Parkinson
Idoso segura a própria mão para conseguir comer, devido ao Parkinson. Imagem: Kotcha K/Shutterstock
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Pesquisadores apontam que pacientes sobreviventes de ataque cardíaco possuem menor risco de desenvolver Parkinson, quando comparados com o restante da população. “Essas descobertas indicam que o risco de doença de Parkinson pelo menos não aumenta após um ataque cardíaco e não deve ser uma preocupação para os pacientes ou um foco preventivo para os médicos no acompanhamento”, explica o líder do estudo, Jens Sundbøll.  

“Não se sabe se essa relação inversa com o risco de doença de Parkinson se estende a pessoas que tiveram um ataque cardíaco. Portanto, examinamos o risco a longo prazo da doença de Parkinson e parkinsonismo secundário entre os sobreviventes de ataque cardíaco”, continuou.  

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O Parkinson é um distúrbio mental caracterizado pela perda progressiva do movimento físico, que inclui tremores e até mesmo a perda da capacidade de falar ou se locomover. A doença é incurável e pode ser associada a problemas como depressão, perda de memória e fadiga.  

Os pesquisadores selecionaram 182 mil voluntários que tiveram um ataque cardíaco entre 1995 e 2016 e outras 909 mil pessoas que não sofreram o problema. Ao comparar os grupos, notou-se um risco 20% menor do Parkinson no primeiro grupo, e um risco 28% menor de parkinsonismo secundário entre aqueles que tiveram um ataque cardíaco.  

O parkinsonismo apresenta sintomas semelhantes ao Parkinson e pode ser causado por um acidente vascular cerebral (AVC), medicamentos psiquiátricos ou cardiovasculares.  

mulher com Parkinson segurando copo de água
Sobreviventes de ataque cardíaco têm menos risco de desenvolver Parkinson, diz estudo. Imagem: Shutterstock

“Para os médicos que tratam pacientes após um ataque cardíaco, esses resultados indicam que a reabilitação cardíaca deve ser focada na prevenção de acidente vascular cerebral isquêmico, demência vascular e outras doenças cardiovasculares, como um novo ataque cardíaco e insuficiência cardíaca, uma vez que o risco de Parkinson parece estar diminuído em esses pacientes, em comparação com a população em geral”, concluiu a pesquisa. 

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Matheus Barros
Redator(a)

Formado em Jornalismo pela FIAM FAAM, Matheus Barros iniciou seu trabalho em redação jornalística no portal da RedeTV! e hoje atua como repórter de Internet e Redes Sociais do Olhar Digital.

Lucas Soares
Editor(a)

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.