Na madrugada desta quinta-feira (24) soldados da Rússia começaram uma invasão contra a Ucrânia. A tensão entre os dois lados e a preocupação com notícias sobre o conflito gerou um aumento das buscas por imagens de câmeras online e ao vivo.

Internautas procuraram por lives transmitindo imagens da invasão dos soldados russos no país vizinho. No Google Trends, termos como “câmera online Ucrânia” e “live Ucrânia” e “ukraine live map” aparecem em alta.

Com isso, vídeos dos ataques estão ganhando destaque, principalmente em plataformas como YouTube e Twitter. Na rede de vídeos do Google, uma live da NBC News está com mais de 100 mil telespectadores. Uma transmissão do Washington Post na tarde desta quinta teve mais de 2,1 milhões de views.

Twitter com lives e câmeras sobre a Ucrânia

Algumas contas com vídeo de câmeras mostrando a invasão de soldados da Rússia na Ucrânia estão sendo suspensas do Twitter. Muitos desses perfis são fontes importantes sobre o conflito que está se intensificando no leste europeu.

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Especificamente jornalistas e pesquisadores que utilizam conteúdo OSINT, termo usado para informações obtidas dados disponíveis para o público em geral, como jornais, revistas científicas e TVs, relataram terem tido suas contas suspensas ou bloqueadas na rede social após postarem vídeos da invasão.

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Segundo um levantamento do site The Verge, OSINT Kyle Glen foi bloqueado de sua conta por 12 horas no último dia 22.  O analista de segurança Oliver Alexander também afirmou ter sido bloqueado de sua conta duas vezes em 24 horas. A conta francesa, “Neurone Intelligence”, e a espanhola, “Mundo en Conflicto”, também foram bloqueadas.

Segundo a rede social, os bloqueios aconteceram por engano e não fazem parte de uma ação coordenada do Twitter contra conteúdo da Rússia e Ucrânia. “Estamos monitorando proativamente as narrativas emergentes que violam nossas políticas e, neste caso, tomamos medidas de fiscalização em várias contas erradas”, disse a porta-voz Elizabeth Busby ao The Verge.

“Estamos revisando rapidamente essas ações e já restabelecemos proativamente o acesso a várias contas afetadas. As alegações de que os erros foram uma campanha de bot coordenada ou o resultado de relatórios em massa são imprecisas”, completou.

Conflito na Ucrânia

No começo desta quinta-feira (24), o presidente russo, Vladimir Putin, autorizou uma operação militar na Ucrânia e alegou que o objetivo é proteger civis. Em um longo discurso transmitido na televisão, Putin falou que a decisão é uma resposta a ameaças que alega ter vindo da Ucrânia.

“A situação exige que tomemos medidas decisivas e rápidas”, disse ele e acrescentou que Moscou realizará a “desmilitarização e desnazificação” da Ucrânia e encerrará oito anos de guerra, onde as forças do governo de Kiev tem lutado contra militantes separatistas pró-Moscou.

Além disso, ele acrescentou que a Rússia não tem o objetivo de ocupar a Ucrânia e que toda a responsabilidade pelo sangue derramado é do “regime” ucraniano, alertando também outros países que qualquer tentativa de interferir levaria a “consequências que eles nunca viram”. 

Putin acusou os Estados Unidos e seus aliados de ignorarem a exigência da Rússia de impedir a Ucrânia de ingressar na Otan por conta da necessidade de oferecer garantias de segurança a Moscou. Ele afirmou que a operação militar russa quer ter uma “desmilitarização” da Ucrânia e que todos os militares ucranianos que deixarem de lado suas armas poderão deixar com segurança a zona de combate.

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