A Rússia está estudando estratégias para atenuar os efeitos das sanções impostas pelo governo Biden, apontam especialistas. Uma saída é utilizar criptomoedas para continuar negociando com outros países.

No decorrer da semana, os EUA começaram a promulgar sanções econômicas à Rússia por conta da invasão à Ucrânia, autorizada nesta quinta-feira (24). Um dos objetivos principais é justamente impedir o acesso do país governado por Vladimir Putin ao capital estrangeiro. 

Ucrânia e a Rússia. Bandeira dos dois países.
Rússia estuda estratégias para atenuar os efeitos das sanções impostas pelos EUA. Imagem: tunasalmon/Shutterstock

As sanções são ferramentas poderosas que os Estados Unidos utilizam para influenciar o comportamento de outras nações que não consideram como aliadas. O sistema financeiro global, por exemplo, está sujeito a leis que bloqueiam transações com entidades sancionadas. 

A questão é: o mesmo não ocorre com corretoras e outras plataformas que negociam com criptomoedas. A Rússia, inclusive, tem várias ferramentas relacionadas aos criptoativos à sua disposição, indicam especialistas. Tudo que o país precisa é encontrar maneiras de negociar bens sem passar pelo dólar americano.

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Para isso, o governo russo está desenvolvendo sua própria criptomoeda, o rublo digital. A ideia é usá-la para negociar diretamente com outros países sem primeiro convertê-la em dólares.

A China, maior parceiro comercial da Rússia em importações e exportações, segundo o Banco Mundial, também lançou a sua própria moeda digital. 

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Menos dependência dos EUA

Em outubro de 2020, representantes do banco central da Rússia disseram que a moeda digital tornaria o país menos dependente dos Estados Unidos e mais capaz de resistir às sanções. Permitindo que entidades russas realizem transações fora do sistema bancário internacional.

O Irã e a Coreia do Norte estão entre os países que já usaram moedas digitais para mitigar efeitos de sanções econômicas. A Coreia do Norte usou ransomware para roubar criptomoedas e financiar o seu programa nuclear, diz um relatório da ONU.

Fonte: The New York Times

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