A Ericsson — envolvida em um caso de corrupção sobre possíveis pagamentos ao Estado Islâmico (ISIS) — viu o valor das suas ações despencar após o Departamento de Justiça dos Estados Unidos confirmar que a empresa de telecomunicações não divulgou adequadamente quais eram as suas atividades no Iraque.
A notícia impactou no valor dos papéis da Ericsson, que caíram mais de 12% na manhã desta quarta-feira (2). Vale lembrar que a empresa havia firmado um acordo com as autoridades americanas em 2019 após outra investigação sobre práticas fraudulentas. Acordo este que foi violado após a empresa omitir as suas ações em território ocupado pelo grupo terrorista.
As operações duvidosas no Oriente Médio vieram à tona em fevereiro, após o CEO da Ericsson, Borje Ekholm, confirmar que identificou “despesas incomuns” nos livros da empresa. Até o momento, ainda não foi determinado quem ou qual foi o destinatário do dinheiro.
Um documento interno, inclusive, detalha o envolvimento da companhia em pagamentos que provavelmente foram feitos para obter acesso a rotas de transporte alternativas no Iraque. Segundo o Bloomberg, os papéis da Ericsson já perderam um terço de valor desde que o novo caso de corrupção foi divulgado.
Leia mais:
- Negociação da Ericsson acaba com reféns sequestrados pelo Estado Islâmico
- Movimento pró-Ucrânia pressiona big techs para que aumentem as sanções contra a Rússia
- Ucrânia passa a aceitar doações em Dogecoin
Resposta de Ericsson
Em resposta às acusações, a Ericsson afirmou em comunicado que está comprometida em cooperar com o Departamento de Justiça dos EUA para resolver a questão.
A empresa também disse que sua primeira investigação interna feita em 2019 não identificou nenhum funcionário diretamente envolvido no financiamento de organizações terroristas.
Investigação que, segundo a Ericsson, levou à saída de vários funcionários, além da adoção de “várias medidas disciplinares e corretivas”.
Via: Bloomberg
Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube? Inscreva-se no nosso canal!