Um pulsar emitiu um feixe de matéria e antimatéria que foi observado pelo Observatório Chandra de Raios-X, ligado à agência espacial americana (NASA), e ele tem um tamanho recorde: 64,37 trilhões de quilômetros (km).

Dá-se o nome de pulsar a uma estrela que já entrou em colapso, mas apresenta uma rotação incrivelmente acelerada e dotada de um poderoso campo magnético. O feixe foi originalmente descoberto em 2020, mas os astrônomos não conseguiram, na época, determinar seu tamanho completo pois seu ponto de origem estava fora do alcance dos instrumentos de detecção do Chandra.

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“É espetacular que um pulsar de apenas 16 km de diâmetro possa criar uma estrutura tão grande que podemos vê-la de milhares de anos-luz de distância”, disse Martijn de Vries, da Universidade de Stanford em Palo Alto, Califórnia. “Com o mesmo tamanho relativo, se esse feixe de matéria e antimatéria se esticasse de Nova York a Los Angeles, o pulsar seria cerca de 100 vezes menor que o menor objeto visível a olho nu”.

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O objeto em questão foi chamado de “PSR J2030+4415” e está girando mais ou menos três vezes por segundo – mais rápido que alguns ventiladores de teto. O feixe que ele emite, contudo, é que pode ajudar em muitos estudos: na Via Láctea, temos uma quantidade surpreendentemente alta de pósitrons – a antimatéria em relação ao elétron.

A maior parte do universo conhecido é formada por matéria, mas cientistas a todo tempo detectam a presença de antimatéria em amplas quantidades, o que nos leva a perguntar de onde ela vem. Segundo de Vries e sua equipe, pulsares como o “PSR J2030+4415” podem ser a resposta. Pósitrons normalmente são derivados de dois extremos: alta rotação e grande força magnética. Um pulsar normalmente tem ambos.

A combinação dessas duas grandezas leva à aceleração de partículas e radiação de alta energia que criam os pares de elétrons e pósitrons. Basicamente, é como se a equação proposta por Albert Einstein na Teoria da Relatividade (E = mc²) se invertesse. Onde Einstein sugere a conversão de massa em energia, aqui, é a energia que vira massa).

As informações completas foram publicadas no Astrophysical Journal.

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