Facebook volta a proibir posts pedindo a morte de presidentes na Ucrânia

Lucas Soares14/03/2022 21h43, atualizada em 15/03/2022 09h40
meta facebook
Imagem: Gil C - shutterstock
Compartilhe esta matéria
Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

Nesta semana, a Meta passou a permitir conteúdo odioso contra soldados russos e até mesmo postagens pedindo a morte do presidente Vladmir Putin em contas de alguns países do leste europeu. Nesta segunda-feira (14), a responsável pelo Facebook mudou novamente a política e voltou  a proibir posts que defendem a morte de chefes de Estado na Ucrânia e países vizinhos.

“Agora estamos estreitando o foco para deixar explicitamente claro na orientação que nunca deve ser interpretado como tolerar a violência contra os russos em geral”, disse Nick Clegg, chefe de assuntos globais da Meta. “Também não permitimos pedidos para assassinar um chefe de Estado. Então, para remover qualquer ambiguidade sobre nossa posição, estamos estreitando ainda mais nossa orientação para deixar explícito que não estamos permitindo pedidos para a morte de um chefe de Estado em nossas plataformas”, completou ainda.

Facebook e pedidos de morte

 “A Meta é contra a russofobia. Não toleramos pedidos de genocídio, limpeza étnica ou qualquer tipo de discriminação, assédio ou violência contra os russos em nossa plataforma”, finalizou. Durante o fim de semana, o Instagram foi bloqueado na Rússia como retaliação pela medida da empresa de autorizar postagens de ódio. O Facebook já estava bloqueado no país.

Leia mais:

Apenas usuários da Europa Oriental e do Cáucaso podem utilizar as novas regras que precisam ser aplicadas dentro do contexto do conflito armado. A liberação permite, por exemplo, que usuários peçam a morte de soldados russos. 

“Se a Meta confirmar esse fato ou se recusar a comentar, isso será uma razão para Roscomnadzor e outros colegas tomarem as medidas mais duras”, disse o chefe do Comitê de Política de Informação do Estado, Alexander Khinshtein, à TASS na última sexta-feira. “Minha opinião é que o trabalho do Instagram na Rússia neste caso deveria ser bloqueado, como o que aconteceu com o Facebook”, completou antes do órgão realmente prosseguir com o bloqueio após o conteúdo de ódio e pedidos de morte.

Já assistiu aos novos vídeos no YouTube do Olhar Digital? Inscreva-se no canal!

Lucas Soares
Editor(a)

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.