A Intel anunciou nesta terça-feira (15) um plano que prevê o investimento de 80 bilhões de euros (cerca de US$ 88 milhões) no continente europeu para expandir a sua capacidade de manufatura de chips.
A estratégia, segundo a gigante do setor, também visa equilibrar a demanda da indústria global de semicondutores, que sofre com escassez do componente desde o início da pandemia. “Por que estamos fazendo isso? Porque o mundo tem uma demanda insaciável por chips”, explicou o atual CEO da Intel, Pat Gelsinger .

Ao anunciar a novidade, o executivo disse que a companhia norte-americana investirá o capital gradativamente nos próximos dez anos. O dinheiro será utilizado para montar e expandir as instalações da empresa voltadas para a produção de chips, bem como para estabelecer novos centros de pesquisa e desenvolvimento.
Lei dos Chips
Vale lembrar que a União Europeia anunciou em fevereiro a ‘Lei dos Chips’. A iniciativa vai injetar um pacote econômico de US$ 47 bilhões para posicionar o continente como um grande produtor de semicondutores e também reduzir a sua dependência dos mercados asiáticos.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, recebeu o anúncio da Intel como a primeira grande conquista da nova legislação europeia.
“Tenho certeza de que abrirá caminho para que mais empresas sigam o exemplo”, disse. A presidente ressalta que espera que a UE pelo menos dobre a sua participação na produção global de chips para 20% até 2030.
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Planos da Intel
A primeira fase de aportes da Intel inclui 17 bilhões de euros para aumentar a sua capacidade de produção na Europa com duas fábricas na cidade de Magdeburg, Alemanha. Se tudo correr como o esperado, espera-se que as unidades estejam operando em 2027.
Mais 12 bilhões de euros serão investidos para expandir outra unidade da Intel em Leixlip, na Irlanda, dobrando a sua capacidade de fabricação de chips projetados por outras empresas.
A Intel diz que também está em negociações com a Itália para construir uma “fábrica de última geração”, o que envolveria um investimento de 4,5 bilhões de euros.
Por fim, também existem planos para um centro de pesquisa e desenvolvimento na França, laboratórios na Polônia e uma parceria com pesquisadores para criar um laboratório de computação avançada na Espanha.
A Intel, considerada atualmente como a segunda maior fabricante de semicondutores do mundo, segundo os dados da Gartner, também mira expansão nos EUA, com uma nova fábrica de chips em Ohio que deve custar em torno de US$ 20 bilhões.
Via: Techxplore
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