As autoridades japonesas confirmaram quatro mortes e algo entre 90 e 160 feridos, de acordo com veículos de comunicação como BBC, CNN e Phys.org, após um tremor atingir a região norte do Japão – especificamente, Fukushima e os arredores a norte e a leste. Devido às atualizações, a magnitude do episódio foi atualizada de 7,3 para 7,4 na Escala Richter – considerado “Grande” e com alto potencial de dano.

Fukushima é a mesma região onde, em 2011, um terremoto de escala 9,0 – conhecido como “Terremoto de Tōhoku” – causou um desastre nuclear em uma usina localizada em Ōkuma (Fukushima Daiichi). A usina está em processo de fechamento e desativação. O novo tremor foi noticiado ontem (16) ontem pelo Olhar Digital.

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Diversos cidadãos japoneses foram às estações de trem, onde aguardavam o retorno do serviço ferroviário após tremor deixar mais de 2 milhões de casas sem energia em Fukushima, região norte do país
Diversos cidadãos japoneses foram às estações de trem, onde aguardavam o retorno do serviço ferroviário após tremor deixar mais de 2 milhões de casas sem energia em Fukushima, região norte do país (Imagem: Kyoto News/Reprodução)

De acordo com pronunciamento do primeiro ministro japonês, Fumio Kishida, um homem de aproximadamente 60 anos morreu após cair do segundo andar de sua casa durante a evacuação, enquanto outro teve uma crise de pânico que o levou a um ataque cardíaco fatal. As outras duas mortes estão sob investigação.

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Segundo a agência de meteorologia do Japão, um pequeno tsunami causado pelo tremor chegou a atingir o litoral de Fukushima, criando ondas de 30 centímetros (cm) que bateram nos bancos de areia de Ishinomaki, a 390 quilômetros (km) de Tóquio, capital do Japão.

Inicialmente, o tremor havia sido registrado com 7,3 pontos na Escala Richter, com profundidade de 60 km. Após as atualizações, especialistas locais de sismologia alteraram esses paradigmas, agora com o terremoto tendo 7,4 pontos e profundidade de 56 km. Em termos práticos: ele foi mais forte e mais perto da superfície do que se pensava.

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No que tange à usina nuclear de Ōkuma e outras estruturas nucleares na região, os funcionários da Tokyo Electric Power Company – que opera todas as instalações energéticas – não relataram nenhuma anormalidade.

A empresa que cuida do transporte ferroviário do Japão, East Japan Railway Co., suspendeu a maior parte dos serviços desde ontem, mas algumas linhas principais já voltaram a trabalhar. Nas estações, longas filas eram formadas por pessoas que aguardavam o retorno do transporte. O primeiro ministro Kishida disse que uma linha expressa chegou a sofrer descarrilamento parcial (quando parte do trem sai dos trilhos), mas nenhum dano majoritário foi relatado e ninguém ficou ferido. Pelo Twitter, o primeiro ministro pediu que as pessoas priorizassem ações que salvassem suas vidas antes de qualquer outra.

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Hirokazu Mazuno, secretário da Chefia de Gabinete do governo, disse que as autoridades estavam trabalhando ao máximo para avaliar todos os danos, e pediu que moradores das áreas afetadas tivessem cautela na evacuação a fim de evitar maiores ferimentos ou mortes por ondas de choque posteriores ao tremor, não só em Fukushima, mas na região leste, onde edifícios balançaram com força.

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