Transporte sustentável não se trata apenas de carros e motores. Asfaltar estradas também libera carbono no ar. Por conta disso, a startup norueguesa Carbon Crusher decidiu utilizar material reciclado e sustentável para que as estradas no futuro deixem poucos rastros de carbono. Foi a partir daí que surgiu uma máquina de recuperar asfalto que leva o nome da empresa.

Em vez de recapear toda a estrada, a máquina tritura e recicla a camada superior da via que precisa de reparos. Na substituição do revestimento rachado, ela então utiliza lignina, um componente natural das plantas, abrindo mão do betume convencional (tipo de petróleo bruto).

Leia também:

“Estamos construindo estradas que são parte da solução para a crise climática, não parte do problema”, diz o cofundador Haakon Brunell, em entrevista ao site Fast Company. “E também é uma maneira mais barata e mais durável de reabilitar estradas.”

publicidade

De acordo com a Carbon Crusher, o aglutinante à base de lignina também é mais flexível que o betume e permite às estradas durarem mais, minimizando potenciais rachaduras. O resultado final do processo é considerado como zero emissões porque pondera-se que as árvores que são a fonte da lignina absorveram carbono ao longo da vida.

Outro detalhe interessante é que, embora precise de até seis semanas para se instalar, a rua reparada pode ser usada desde o primeiro dia. A lignina também pode ser utilizada em estradas de cascalho.

Carbon Crusher, máquina de recuperar asfalto
Carbon Crusher/Divulgação

Máquina barateia pavimentação

Além de Brunell, a empresa integra ainda Kristoffer Roil e Hans Aarne Flato. O trio procurava uma forma de reduzir as emissões com alto impacto e chegou a considerar dezenas de tipos de tecnologia climática. Perceberam, então, as estradas como sendo uma área negligenciada. “Não houve muita inovação nesse sentido desde o Império Romano”, diz Brunell.

Segundo a Carbon Crusher, não apenas o processo é bom para o meio ambiente, como mais barato e com resultados mais duradouros. A companhia vem oferecendo também britagem de carbono para proprietários ou empreiteiros de estradas públicas e privadas.

A empresa ainda pretende tornar este equipamento ainda mais sustentável no futuro, explorando tecnologias de condução autônoma e combustível de hidrogênio. Além disso, trabalha em um software para rastrear via satélite estradas que precisem de reparos estruturais. “Atualmente, retiramos cerca de uma tonelada de CO2 da atmosfera para cada 18 metros de estrada”, explica Brunell. “Queremos aumentar isso.”

Via Fast Company

Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube? Inscreva-se no nosso canal!