As imagens abaixo podem até parecer um alien, mas são apenas a forma de larva de uma formiga rainha. Especificamente, elas mostram a larva da espécie Monomorium triviale, uma formiga de cor âmbar nativa da China, Japão e Coreia do Sul.

O interessante da M. triviale é o corpo recheado de protuberâncias – completamente ausentes nas larvas de formigas operárias. Segundo cientistas, isso serve para mostrar que, mesmo ainda sendo um bebê, aquela larva eventualmente se tornará a “chefe”.

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As larvas da formiga Monomorium triviale dão origem a rainha e operárias fêmeas por partenogênese, ou seja, uma colônia que não precisa de machos para ter filhos
As larvas da formiga Monomorium triviale dão origem a rainha e operárias fêmeas por partenogênese, ou seja, uma colônia que não precisa de machos para ter filhos (Imagem: Idowaga et al./Reprodução)

As rainhas dos formigueiros também têm características especiais: elas conseguem se reproduzir sem a necessidade de um macho – um processo chamado de “telitoquia partenogênese”.

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Esse é um detalhe importante pois, segundo um estudo recente, não existem machos da M. triviale, e todas as formigas da espécie observadas até hoje são fêmeas operárias (totalmente estéreis) ou rainhas, que cuidam da reprodução do formigueiro. A pesquisa buscava analisar os dois tipos de formigas desde o nascimento até a fase adulta.

O que os pesquisadores descobriram foi que, pelo menos até a fase final da larva, tanto a rainha como as operárias são virtualmente iguais. É quando os dois tipos estão prestes a deixar esta parte e entrar em uma fase adulta que as diferenças começam a aparecer. literalmente: esses volumes – “tubérculos”, segundo os especialistas – aparecem quase que imediatamente, sendo duas vezes mais grossos que o restante do corpo da larva rainha, sem músculos ou capacidade óssea.

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Até agora, ninguém conseguiu determinar qual a utilidade desses tubérculos – a não ser, claro, separar operárias de rainhas -, mas isso não os impediu de sugerir algumas teorias: podem ser “garras” para ajudar as larvas a se agarrarem a paredes e teto; podem ser mecanismos de defesa contra formigas invasoras que queiram devorar a rainha, ou ainda servir como “grampo” para prender alimentos que encostem no corpo da futura formiga regente.

O estudo, publicado no jornal científico Zootaxa, continuará, agora com informações de observação, a fim de determinar se há alguma diferença de comportamento que possa ser derivada desses tubérculos.

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