Com os escritórios abertos oficialmente nesta segunda-feira (4), o Google começou a colocar em prática o plano de trabalho híbrido, que exige a presença dos colaboradores por três dias na semana. No entanto, o especialista em RH, Laszlo Bock, acredita que a gigante da tecnologia voltará a exigir o trabalho 100% presencial brevemente.

Ele foi chefe de RH do Google de 2006 a 2016 e afirma que a geração mais experiente de executivos não está acostumada a gerenciar forças de trabalho remotamente. “Os líderes acham muito difícil liderar virtualmente”, disse Bock. 

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Sistema falha na avaliação dos colaboradores 

A principal crítica de Bock em relação ao trabalho híbrido é que esse sistema não permite uma avaliação tão apurada em comparação ao presencial, sendo um problema para a produtividade da empresa. 

Segundo sua análise, o sistema é desequilibrado para avaliações dos funcionários, o que traz desvantagens para quem está em home office, principalmente na conquista de promoções, melhores salários e bonificações por produtividade. 

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Além disso, o executivo, que atualmente é chefe de RH da Humu Inc, produtora de software no setor, diz que os chefes querem as pessoas por perto, o que ajuda nas avaliações. 

Edifício do Google em Munique, Alemanha com logotipo da empresa em branco.
Ex-chefe de RH do Google acredita que retorno do trabalho presencial acontecerá em breve na empresa; situação que ajuda no controle mais rígido da produtividade. Imagem: ThomasAFink / Shutterstock.com

Laszlo Bock acredita que muitas empresas além do Google já estejam realizando estudos para a volta definitiva dos funcionários aos escritórios. 

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Empresas de tecnologia valorizam flexibilidade

Apesar da previsão do executivo de RH, a maioria das empresas de tecnologia incentiva tanto o trabalho híbrido quanto remoto. Exemplo é a Meta Platforms Inc, dona do Facebook, que permite o trabalho remoto para todos os colaboradores. 

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Ao longo da pandemia, o Google aprovou o pedido de 85% dos funcionários que solicitaram mudanças de cidades e até estados, valorizando a flexibilidade. “Lembre-se que esta é uma situação de elite”, afirmou Bock em defesa dos seus argumentos. 

Segundo ele, a maioria dos funcionários dos setores de manufatura, varejo e serviços, incluindo zeladores e seguranças, já estão dentro da realidade presencial. 

Via: Bloomberg

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