Uma nova pesquisa analisou exames cerebrais pré-natais e descobriu diferenças significativas nas estruturas cerebrais por volta de 25 semanas de gestação entre crianças que foram diagnosticadas com autismo. 

Com o novo estudo, os pesquisadores reforçam a ideia de que o autismo começa durante o desenvolvimento da criança no útero da mãe, o que pode facilitar o diagnóstico e tratamento do transtorno.  

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“Nossos resultados sugerem que um aumento do volume do lobo insular pode ser um forte biomarcador de ressonância magnética pré-natal que poderia prever o surgimento de Transtorno do Espectro Autista (TEA) mais tarde na vida”. 

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Os pesquisadores analisaram exames cerebrais de 39 crianças, nove delas foram diagnosticadas com autismo, 20 eram neurotípicas e outras 10 não tinha o transtorno, mas tinha condições de saúde que também foram observadas nas crianças com TEA.  

“Dado que muitos fatores genéticos e ambientais podem afetar o surgimento do TEA começando nos estágios fetais, é ideal identificar a primeira assinatura de anormalidades cerebrais em pacientes com autismo em perspectiva”, ressaltou o autor da pesquisa.  

Representação gráfica de criança com autismo
Cientistas observaram diferenças cerebrais associadas ao autismo aparentes no útero. Imagem: Nikosnikossss/Shutterstock

“Até onde sabemos, esta é a primeira tentativa de segmentar semiautomaticamente as regiões do cérebro no estágio pré-natal em pacientes diagnosticados com autismo mais tarde e comparar diferentes grupos de controles”, concluiu. 

O estudo segue o mesmo campo de pesquisa de trabalhos anteriores que apontaram mudanças no córtex insular em adultos com autismo e relataram que essas alterações começaram no útero. Além disso, os pesquisadores também descobriram que crianças com autismo mostraram uma amígdala e comissura do hipocampo significativamente maiores em comparação com outras crianças.

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