Próximo de completar 32 anos em atividade, o Telescópio Espacial Hubble não cansa de nos surpreender com imagens cada vez mais impressionantes do universo. Desta vez, ele nos traz o registro do que parece ser um lindo par de asas translúcido pairando no cosmos.

Prestes a completar 32 anos em atividade no espaço, o Telescópio Espacial Hubble continua fazendo imagens cada vez mais impressionantes do cosmos. Imagem: Whitelion61 – Shutterstock

Seria uma prova concreta da existência de seres celestiais, como anjos, arcanjos e querubins sobrevoando a imensidão do espaço? Para decepção de muitos, não. Mas, não deixa de ser algo tão mágico e belo quanto.

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Essas “asas” estonteantes são resultado de uma colisão contínua entre duas galáxias distantes, pertencentes ao sistema VV689, adequadamente apelidado de… Asas de Anjo.

O Telescópio Espacial Hubble fotografou o sistema VV689, que consiste em duas galáxias massivas em fusão, dando ao sistema uma aparência simétrica de “asa”. Imagem: ESA/Hubble & NASA, W. Keel/Reconhecimento: J. Schmidt

Esse sistema fica localizado na constelação de Leão, de acordo com um comunicado da Agência Espacial Europeia (ESA). O visual distinto de asas é resultado de um encontro cataclísmico entre duas galáxias que estão em processo de fusão por bilhões de anos.

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“Ao contrário dos alinhamentos de galáxias que só parecem se sobrepor como visto do nosso ponto de vista na Terra, as duas galáxias em VV689 estão no meio de uma colisão”, diz o comunicado da ESA. “A interação galáctica deixou o sistema VV689 quase completamente simétrico, dando a impressão de um vasto conjunto de asas galácticas”.

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A imagem é parte de um projeto de ciência cidadã chamado Galaxy Zoo — uma iniciativa de astronomia de fonte coletiva que envolve o trabalho de centenas de milhares de voluntários, que ajudam os astrônomos a classificar galáxias através de dados de telescópios robóticos.

Outro projeto semelhante, chamado Radio Galaxy Zoo, usa a mesma abordagem colaborativa para identificar buracos negros supermassivos em galáxias distantes.

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Objetos interessantes descobertos por meio de ambos os projetos de ciência cidadã são escolhidos para observação posterior usando a Câmera Avançada para Pesquisas (ACS) do Hubble. Esses alvos – que vão desde galáxias em forma de anel até espirais incomuns e fusões galácticas – são selecionados via votação pública. 

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