Um estudo publicado pela revista científica Nature apontou as diferenças entre os fatores de risco para Covid-19 entre as pessoas mais novas e mais velhas. Com a descoberta é possível prever quem têm maior probabilidade de precisar de ventilação mecânica, ou até mesmo morrer.  

“Nossos modelos mostram que condições crônicas, comorbidades, sexo, raça e etnia são muito menos importantes no ambiente hospitalar para a previsão precoce de doenças críticas”, disse Sevda Molani, principal autor da pesquisa.  

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Os pesquisadores conseguiram concluir que os sinais vitais e os resultados laboratoriais no momento da admissão hospitalar são os apontamentos mais precisos para prever a gravidade da doença.  

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Durante o estudo foram analisados os fatores de risco de dois grupos etários, o primeiro entre 18 e 50 anos, e o segundo de 50 anos para cima. Deste modo foi possível entender que os fatores de risco entre os grupos são diferentes.  

Nos dois grupos, os sinais vitais e os exames laboratoriais hospitalares precoces, assim como a necessidade de oxigênio suplementar, são mais úteis para prever situações graves do que comorbidades e dados demográficos.  

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O índice de massa corporal (IMC) se mostrou um medidor mais importante para o grupo mais jovem. Assim como as comorbidades, como malignidade, cardiomiopatia e DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica).  

Paciente de Covid-19 deitado de costas
Veja os fatores de risco para hospitalização por Covid-19 que mudam de acordo com a idade. Crédito: IFCO/Reprodução

“A previsão de risco no Covid-19 é complexa, pois o curso da doença é altamente variável entre as pessoas, variando de completamente assintomático em algumas pessoas a doença crítica ou morte em outras. Este estudo desafia nosso dogma de que as comorbidades são os principais fatores de desfechos graves, como ventilação mecânica ou morte em pacientes hospitalizados com Covid-19″, explicou o especialista em doenças infecciosas, Jason Goldman.  

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“Em vez disso, descobrimos que outras características fisiológicas que podem ser medidas dentro de uma hora de hospitalização são capazes de prever fortemente quem terá resultados graves”, continuou. 

“As condições médicas crônicas ainda são fatores de risco importantes para Covid-19 grave. No entanto, quando um paciente acaba de ser internado no hospital, seu status atual pode ser mais útil para prever o nível de atendimento que provavelmente precisará”, completou a professora e coautora do estudo, Jennifer Hadlock. 

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