Após eleição sindical, Amazon tenta anular votação em armazém nos EUA

A Amazon entrou com um recurso que pretende anular a eleição sindical ocorrida nesta segunda-feira (2) em um armazém de Nova York, EUA
Por Lauro Lam, editado por Karoline Albuquerque 02/05/2022 14h01, atualizada em 02/05/2022 16h12
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A Amazon está fazendo de tudo para impedir que seus trabalhadores sejam sindicalizados. Nesta segunda-feira (2), houve uma eleição sindical histórica em um armazém da empresa em Nova York e a gigante da tecnologia entrou com um recurso que pretende anular a votação por meio de uma audiência interna.

Segundo a varejista online, há fortes indícios de manipulações dos votos e pressões para que os trabalhadores participassem da eleição. O Sindicato nega as acusações. 

Vitória sindical em Staten Island 

Esse é o segundo armazém da Amazon que tenta a sindicalização. No galpão instalado no bairro de Staten Island, houve a participação de 55% dos colaboradores, todos já inscritos no Sindicato Trabalhista. 

A principal luta é por melhores salários e segurança no ambiente de trabalho. A eleição foi um marco histórico e obteve uma vitória nos quase 28 anos da empresa, que é a segunda maior dos EUA, ficando atrás somente do WalMart

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Em busca do cancelamento 

Em sua tentativa de anular a segunda eleição sindical ocorrida em seus armazéns, a Amazon apresentou 25 objeções que podem ser significativas para invalidar o resultado. Para registrar as objeções, depoimentos serão colhidos a partir do dia 23 de maio, processo que deve levar semanas. 

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Amazon sofre constantes protestos por conta das más condições de trabalho, racismo, entre outros. Agora, empresa está tentando barrar a sindicalização dos seus trabalhadores. Imagem: Shutterstock

No entanto, o advogado do Sindicado, Eric Milner, acredita que a Amazon não obterá êxito na tentativa de anular a eleição sindical. “Embora estejamos desapontados com qualquer atraso da Amazon em suas obrigações de negociação, continuamos confiantes de que todas as objeções serão anuladas”, disse.

Transparência? 

A porta-voz da Amazon, Kelly Nantel, informou que todos os funcionários terão liberdade para falarem e que serão devidamente ouvidos. 

“Queremos que nossos funcionários tenham suas vozes ouvidas e, neste caso, isso não aconteceu – menos de um terço dos funcionários do local votaram no sindicato”, informou a representante da empresa.

Via: Reuters

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Redator(a)

Lauro Lam é redator(a) no Olhar Digital

Karoline Albuquerque é redator(a) no Olhar Digital