Normalmente, doenças e infecções acontecem de forma acidental, já que a tendência é de evitarmos esse tipo de situação. No entanto, um homem de 26 anos aceitou receber 7 mil dólares para se contaminar com Shigella, bactéria que causa disenteria, como parte do estudo de uma vacina contra o patógeno. O resultado parece ter sido muito pior do que ele esperava.

Jake Eberts participou do estudo conduzido pela Universidade de Maryland, nos Estados Unidos. A instituição desenvolveu uma vacina contra a doença e, quando o jovem entrou no processo, as pesquisas estavam na fase dois de desenvolvimento. O rapaz, no entanto, acabou desenvolvendo os sintomas.

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Bactéria causa disenteria 

Nas redes sociais, Eberts contou que tomou um líquido com a bactéria presente nele. Cerca de 48 horas após o procedimento ele foi acometido por uma diarreia intensa e uma febre de 39,4°C. A recuperação durou quatro dias e ele foi medicado por enfermeiras do hospital universitário. O jovem permaneceu o período no alojamento junto com os outros participantes do estudo.

Apesar do rapaz ter desenvolvido a doença, isso não significa que o imunizante não funcione, já que o estudo aplicou a vacina em metade dos participantes e placebo na outra metade. Todos os voluntários tomaram o líquido com a bactéria e receberam a quantia em dinheiro. Esse tipo de pesquisa é proibida no Brasil.

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Mas o que levou Elberts a aceitar o desafio de participar do estudo? Nas redes sociais ele listou as razões: “1, para ajudar os menos afortunados e promover a medicina moderna (leia-se: ser bajulador e hipócrita); 2, recebo dinheiro suficiente para basicamente cobrir o aluguel pelo resto do ano; 3, sou pago mesmo que não tenha disenteria”.

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Elberts contou ainda que precisou fazer as necessidades em um penico, colocá-las em um saco e entregar para os pesquisadores fazerem análise. “Essa foi a doença mais brutal que já estive, e eu queria morrer por seis horas. Não consigo imaginar como essa doença é aterrorizante para uma criança pequena”, finalizou.

De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, a doença causada pela Shigella afeta cerca de 160 milhões de pessoas e causa dor abdominal, cólica, diarréia com sangue, pus ou muco; febre, vômitos e tenesmo, em geral, iniciam-se, um ou dois dias após a exposição às bactérias. Algumas cepas são responsáveis por uma taxa de letalidade de 10 a 15%.

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