Retardar ou até mesmo reverter os efeitos da idade tem sido um dos grandes objetivos da ciência nas últimas décadas. Com isso, é esperado que surjam estudos utilizando uma enorme gama de técnicas diferentes para tentar evitar a velhice. Um desses casos, que parece coisa de filme de ficção científica, envolve o transplante de fezes.

A técnica, testada em ratos nessa pesquisa, consiste em transplantar micróbios fecais de camundongos jovens para reverter os sinais do envelhecimento no intestino, nos olhos e até mesmo no cérebro de animais idosos. Os resultados, até o momento, são animadores, com a técnica realmente sendo eficaz em retardar a velhice nos roedores.

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Na medida que o corpo envelhece, nos tornamos mais suscetíveis a doenças. Os pesquisadores acreditam que a técnica possa manter partes do corpo mais saudáveis, evitando assim que sucumbam com facilidade para alguns problemas de saúde. 

O mesmo efeito foi observado no processo contrário: ao retirar micróbios de camundongos idosos e implantá-los nos jovens através do transplante de fezes, os ratos transplantados sofreram um desgaste mais rápido do intestino, olhos e cérebro.

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Transplante de fezes em ratos

“Nossos resultados demonstram que as alterações associadas à idade na microbiota intestinal murina contribuem para a integridade da barreira intestinal interrompida e inflamação sistêmica e tecidual que afeta a retina e o cérebro, mas essas alterações podem ser revertidas pela substituição por microbiota de doadores jovens”, escrevem os pesquisadores .

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Estudos anteriores já haviam demonstrado uma ligação entre a flora intestinal e o envelhecimento, com muitas bactérias e fungos presentes no nosso intestino ligadas a doenças. O novo estudo sugere que o transplante de fezes pode ser usado para influenciar a ação das bactérias intestinais no organismo.

Apesar dos resultados promissores, é preciso avaliar como essa técnica se comporta em humanos e se os resultados são duradouros. “Trabalhos adicionais para avaliar a persistência a longo prazo dos efeitos benéficos da transferência de microbiota de doadores jovens, no olho e no cérebro, estabelecerão se a FMT pode promover benefícios de saúde a longo prazo em indivíduos idosos e melhorar a neurodegeneração associada à idade e a deterioração funcional da retina”, finaliza o estudo.

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Via Science Alert

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