Uma fruta que não é muito comum no Brasil, o cranberry, pode ter um papel muito importante na melhora da memória e da função cerebral, além de diminuir o chamado colesterol ruim, de acordo com uma nova pesquisa da Universidade de East Anglia, no Reino Unido.

O estudo destaca o potencial neuroprotetor da fruta, principalmente entre pessoas com idades entre 50 e 80 anos. De acordo com os pesquisadores, o consumo de uma xícara de cranberry por dia pode trazer benefícios para a saúde neurológica e até mesmo prevenir doenças neurodegenerativas.

Frutas vermelhas e roxas são boas para o cérebro

De acordo com o autor principal do estudo, David Vauzour, da Escola de Medicina de Norwich, a demência deve afetar cerca de 152 milhões de pessoas no mundo todo até 2050. Como não há cura para esta condição, é importante trabalhar em métodos para sua prevenção.

estudo do cérebro
Frutas com coloração vermelha, azul e roxa são comprovadamente benéficas para a saúde neurológica. Imagem: Sergey Nivens/Shutterstock

“Estudos anteriores mostraram que a maior ingestão de flavonóides na dieta está associada a taxas mais lentas de declínio cognitivo e demência”, disse Vauzour. “E descobriu-se que alimentos ricos em antocianinas e proantocianidinas, que dão às bagas sua cor vermelha, azul ou roxa, melhoram a cognição”.

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O cranberry é uma fruta rica nesses micronutrientes e que é reconhecida por suas propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias. “Queríamos saber mais sobre como os cranberries poderiam ajudar a reduzir a neurodegeneração relacionada à idade”, disse o pesquisador.

Resultados aparecem rápido

A equipe analisou o impacto do consumo de cranberry por 12 semanas e os potenciais benefícios para a função cerebral e no colesterol entre 60 pessoas cognitivamente saudáveis. Metade consumiu a fruta como um pó liofilizado, enquanto a outra metade consumiu um placebo.

Os resultados mostraram que o consumo da fruta melhorou significativamente a memória dos participantes em relação a eventos do cotidiano, funcionamento neural e entrega de sangue ao cérebro. Além disso, o grupo que consumiu cranberry também teve uma diminuição significativa no LDL, ou “colesterol ruim”.

“As descobertas deste estudo são muito encorajadoras, especialmente considerando que uma intervenção de cranberry relativamente curta de 12 semanas foi capaz de produzir melhorias significativas na memória e na função neural”, declarou Vauzour. Agora, a equipe espera fazer mais estudos sobre a relação da fruta com a saúde neurológica em um futuro próximo.

Via: Medical Xpress

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