Por mais que a Covid-19 já tenha feito mais de 30 milhões de vítimas desde 2020 só no Brasil, é muito fácil encontrar pessoas que ainda não tiveram a doença. Além disso, para a maioria das pessoas, a doença causa sintomas leves, com os casos graves sendo uma minoria, mas o que determina a gravidade da doença em uma pessoa? Segundo um novo estudo, pode ser a genética.

De acordo com pesquisadores da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, existem quatro variações genéticas que são críticas para a infecção por Covid-19, são elas TMPRSS2, DPP4, LY6E e ACE2. Este último permite a entrada do vírus nas células pela conexão com a proteína Spike do Sars-Cov-2.

Estudo usou dados de população ampla

Usando dados de quase 18 mil pessoas de diferentes partes do mundo, os pesquisadores descobriram que variações genéticas podem ter evoluído como uma resposta ao contato anterior com patógenos da mesma família do vírus da Covid-19. Algumas dessas informações têm ligações com desde distúrbios respiratórios, até doenças hepáticas.

Homem fazendo um exame PCR
Testes foram realizados com diversas populações de diferentes locais do mundo. Crédito: Prostock-studio/Shutterstock

O gene ACE2 tem nada menos do que 41 variantes, que afetam diretamente os aminoácidos proteicos expressos por ele. Essas variações genéticas eram relativamente raras entre os participantes do estudo, considerando uma população de caçadores-coletores da África Central, três dessas variantes foram consideradas comuns.

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“Este é um grupo que vive em um ambiente tropical e continua a caçar carne, passando muito tempo na floresta”, diz uma das autoras do artigo, Sarah Tishkoff. “Eles provavelmente estão expostos a todos os tipos de vírus introduzidos a partir de animais”, continua a pesquisadora. “Portanto, mesmo que essa população não tenha sido exposta a esse vírus exato no passado, ela poderia ter sido exposta a tipos semelhantes de vírus”, completa.

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Em outras populações, como as do leste asiático, existem variações na região reguladora do do ACE2 que pode aumentar a expressão da variação genética, o que pode influenciar na gravidade das infecções por Covid-19.

Via: Galileu

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