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Cientistas canadenses da Universidade Concordia (Montréal), criaram um método para solidificar um tipo de plástico biocompatível (isto é, que pode ser usado dentro do corpo humano) usando ondas sonoras. A ideia é que o método seja usado para moldar implantes dentro do corpo humano, sem a necessidade de cirurgia.

O nome da técnica é impressão direta sonora e ela foca ondas de altíssima frequência num ponto de uma resina líquida por um trilhonésimo de segundo. Isso causa uma bolha na resina, que tem energia o suficiente para iniciar uma reação química que solidifica o material.
Implantes e muito mais
Assim, ao focar essa emissão sonora em regiões específicas da resina, ponto a ponto, é possível criar um objeto com a forma desejada. Num exemplo óbvio, uma parte perdida de um osso. A resina é injetada na cavidade, sem cirurgia, a máquina imprime o osso, e o resto da resina, ainda líquido, é removido.
O teste já foi feito com animais – ainda não vivos. Eles conseguiram moldar a resina através de 3,3 cm de pele, músculo e gordura de porco (basicamente, através de bacon).
“Impressão direta sonora cria a possibilidade de impressão não invasiva e profunda no corpo”, afirmaram os cientistas no paper apresentando a criação. No teste, eles não criaram realmente implantes, mas conseguiram imprimir a forma de narizes e orelhas. E vários outros objetos, como engrenagens (remetendo à implantes de ficção científica) e a famosa folha de bordo, o símbolo do Canadá.
O método de solidificar resina remotamente já existe em outras formas, como laser ou micro-ondas. A vantagem de ondas sonoras é que elas podem atravessar tecidos humanos sem causar dano nos tecidos em volta. Os cientistas também dizem que não é preciso se limitar à resina, mas que começarão a testar a técnica com metais – mais adequados para implantes ósseos.
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