Uma imagem recém-divulgada pela NASA, capturada pelo telescópio espacial Hubble, mostra um verdadeiro desastre gasoso que interrompeu a formação de uma galáxia a 52 milhões de anos-luz da Terra, na constelação Ursa Maior.

De acordo com a agência espacial norte-americana, a galáxia NGC 3718 é uma “espiral altamente perturbada”. Isso porque, à medida que ela entra no poço gravitacional da galáxia NGC 3729, acaba sendo sugada pela vizinha, localizada a 150 mil anos-luz de distância. Essa interação galáctica resulta em uma dobra em forma de S.

Registro feito pelo Telescópio Espacial Hubble da galáxia espiral NGC 3718. Créditos: NASA, ESA, L. Ho (Universidade de Pequim) e DSS; Processamento: Gladys Kober (NASA/Universidade Católica da América)

“A visão do Hubble desta parte da NGC 3718 mostra a sinuosa faixa de poeira em detalhes enquanto passa pelo núcleo da galáxia e se curva para o gás circundante”, diz um comunicado emitido pela equipe de cientistas do Hubble. “Tanto a faixa de gás quanto a de poeira galáctica são igualmente distorcidas nesta configuração única”.

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O telescópio estava se concentrando no núcleo da galáxia, que é difícil de observar por causa da quantidade de poeira ao redor. Segundo a NASA, a luz infravermelha permitiu ao Hubble fazer o registro, “como parte de um estudo das regiões centrais das galáxias em forma de disco, com protuberâncias proeminentes de estrelas em vários ambientes”.

NGC 3718 também é conhecida como Arp 214, desde que passou a integrar o Atlas de Galáxias Peculiares, elaborado pelo astrônomo Halton Arp em 1966 para catalogar galáxias com estruturas incomuns.

Há menos de uma semana, foi revelada uma imagem feita pelo Hubble de outra galáxia que também fica na constelação Ursa Maior. Os cientistas da NASA a compararam com um engarrafamento de carros em uma rodovia.

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