Com 65 votos favoráveis, funcionários da loja da Apple situada em Towson, na região de Baltimore, Maryland, aprovaram a sindicalização, sendo a primeira entre mais de 270 unidades da fabricante do iPhone a contar com uma organização trabalhista nos Estados Unidos. Agora, os colaboradores terão voz para buscarem melhores condições de trabalho, salários compatíveis com o mercado e maior cumprimento das exigências sanitárias de combate à Covid-19.
Efeito cascata
Após a vitória em Towson, outras unidades da Apple já começaram a se mobilizar em busca da sindicalização. Trata-se de um movimento emergente que conta com o respaldo do Conselho Nacional de Relações Trabalhistas.
Os funcionários sindicalizados farão parte da Associação Internacional de Maquinistas e Trabalhadores Aeroespaciais. Trata-se de um sindicato industrial que representa mais de 300 mil trabalhadores nos EUA.

“Aplaudo a coragem demonstrada pelos membros do CORE na loja da Apple em Towson por alcançar esta vitória histórica”, informou em comunicado Robert Martinez Jr., presidente da IAM International.
“Eles fizeram um enorme sacrifício por milhares de funcionários da Apple em todo o país que estavam de olho nesta eleição”, reforçou no comunicado.
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Golpe na gigante da tecnologia
A sindicalização não foi nem um pouco bem-vinda pelos executivos da Apple. Isso porque existe uma campanha da gigante da tecnologia para atenuar os movimentos sindicais.
Em sua defesa, a empresa argumenta que paga mais do que muitos varejistas e oferece uma série de benefícios, incluindo assistência médica e concessões de ações.
No mês passado, a Apple aumentou os salários iniciais dos funcionários do varejo de US$ 20 para US$ 22 a hora. A empresa não quis comentar sobre a sindicalização dos seus primeiros funcionários.
Após a primeira vitória, o Sindicato foca agora em futuras eleições nas lojas do Grand Central Terminal em Nova York e em uma em Louisville, Kentucky.
Somente nos EUA, a Apple conta com cerca de 65 mil funcionários no varejo e 154 mil em todos os setores da empresa.
Via: The New York Times
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