Preparado para tentar interpretar números difíceis? Há, ao todo, cerca de 40 “bilhões de bilhões” – na prática, “quintilhões” – de buracos negros espalhados por todo o universo conhecido.

A informação vem de um estudo publicado em janeiro de 2022, assinado pela Escola Superior Internacional de Estudos Avançados (SISSA), na Itália, que usou um novo método computacional que estimou, além do número astronômico acima, que 1% de toda a matéria comum do universo vem dos buracos negros.

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Comparação entre os buracos negros supermassivos M87 e Sagittarius A*: objetos deste porte normalmente ficam localizados no centro de galáxias
Comparação entre os buracos negros supermassivos M87 e Sagittarius A*: objetos deste porte normalmente ficam localizados no centro de galáxias (Imagem: Event Horizon Telescope/Reprodução)

O estudo foi mencionado em uma coluna publicada nesta segunda-feira (18), no UOL, respondendo à pergunta de uma leitora, e foi originalmente publicado no Astrophysical Journal (mas você pode ler o comunicado da própria SISSA aqui).

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“Essa pesquisa é realmente multidisciplinar, cobrindo aspectos que exigem extensa expertise em astrofísica estelar, formação e evolução de galáxias, ondas gravitacionais e astrofísica de multi mensagens”, disse o professor Andrea Lapi, coordenador de estudos Ph.D do SISSA e supervisor do grupo que assina o estudo. “Assim sendo, ela precisou de esforços colaborativos de vários membros do grupo de Cosmologia e Astrofísica da SISSA, e um intenso networking de colaboradores externos”.

Buracos negros normalmente se formam a partir de explosões conhecidas como “supernova” – na prática, a morte de uma estrela com massa várias vezes maior que a do Sol. Em termos resumidos, a estrela “queima” todo o seu hidrogênio, eventualmente entrando em colapso e gerando um evento cataclísmico do qual o buraco negro aparece.

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Devido à sua natureza bastante elusiva, o que sabemos dos buracos negros vem mais de estudos matemáticos do que qualquer experiência empírica: extremamente densos e com forças gravitacionais incomparáveis no universo, esses objetos são tão poderosos que nem mesmo a luz consegue passar por eles, sendo imediatamente absorvida. E como toda observação espacial depende da luz, “vê-los” é, literalmente, impossível. Nós só os percebemos pela influência que exercem nos objetos ao seu redor.

A Via Láctea conta com um buraco negro supermassivo (pense nele como o buraco negro que buracos negros almejam ser quando crescerem) em seu centro – Sagittarius A*. O objeto entrou nos anais da astronomia recentemente, quando foi fotografado pela primeira vez.

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