Atualmente, são implantadas cerca de 15 mil próteses de quadril e joelho pelo Sistema Único de Saúde (SUS) todos os anos no Brasil. Isso sem contar as cirurgias realizadas nas redes particulares. A expectativa é de que na próxima década esse número aumente em 100%. Por isso, os médicos destacam o uso de robôs para uma maior precisão.

Mais especificamente, a estimativa aponta um aumento de 174% nas implantações no quadril e 673% nos joelhos em todo o mundo. Há um ano, a cirurgia ortopédica é realizada no Brasil com o auxílio de um robô. Um deles é o Mako SmartRobotics, lançado em 2015.

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“A cirurgia robótica de prótese de quadril e joelho une a tecnologia do robô aos conhecimentos de um médico, assim, a máquina é uma ferramenta utilizada para suporte do cirurgião, que obtém muito mais precisão com movimentos milimétricos”, explicou o médico Lucas Leite Ribeiro, ortopedista certificado em cirurgia robótica.

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Usando os robôs, o procedimento tem um menor corte ósseo. Por enquanto, poucos médicos são certificados no país para realizar o procedimento. São apenas 40 profissionais. Um deles é o especialista em cirurgia do joelho e artroscopia pela Unifesp, doutor Claudio Kawano.

Implante 3D
O implante de prótese no quadril deve crescer 174% em todo o mundo nos próximos 10 anos. Imagem: Alex Mit/Shutterstock

“O robô Mako nos permite ter acesso a uma avaliação prévia do paciente antes do procedimento. Ele nos dá um panorama da situação das articulações que serão substituídas, com isso, planejamos cada etapa do procedimento e durante a cirurgia, se necessário, podemos reavaliar e fazer modificações de acordo com o que cada paciente demanda”, destacou Kawano.

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A implantação de próteses nos pacientes por meio da cirurgia robótica permite ainda um menor tempo de recuperação. Além disso, o osso saudável é preservado, evitando danos a outras partes do corpo, de acordo com o traumatologista Clauber Tieppo, um dos certificados a realizar a operação com o robô Mako.

“O procedimento tem mais precisão na colocação das próteses, o que pode ajudar na amplitude dos movimentos e aperfeiçoar o resultado funcional, que pode melhorar a qualidade de vida”, completou Tieppo.

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