A visita de Elon Musk ao Brasil para conversar com o presidente Bolsonaro (PL) no dia 20 de maio causou grande repercussão nas redes sociais. Passados dois meses desde a visita ao Brasil, a conversa entre o bilionário e o presidente do Brasil não resultou em nenhum avanço até o momento.
Os principais temas da conversa foram relacionados ao lançamento da Starlink, no qual Musk teria interesse em fazer o monitoramento ambiental da Amazônia e levar internet às escolas da região. Segundo comunicado enviado ao G1, o Ministério das Comunicações informou que caso o acordo seja firmado, será de “forma legal e transparente”.
O encontro do presidente com o bilionário aconteceu no hotel Fasano Boa Vista, localizado no interior paulista, e foi mediada pelo ministro das Comunicações, Fábio Faria. O evento custou mais de R$ 90 mil no cartão corporativo da Presidência da República.
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Após a reunião com Musk, Bolsonaro participou de uma coletiva de imprensa afirmando que “ao se levar a verdade, nós vamos mostrar que a Amazônia é preservada. Lógico, existem os nichos de exploração, queimada, desmatamento irregular, mas isso, a participação dele com seu satélite vai ajudar a preservar. Mas, também, a desenvolver [a região], porque é uma área riquíssima em biodiversidade e também em riquezas minerais”.
As declarações do presidente contrariam os dados oficiais sobre o desmatamento na Amazônia. Segundo o Inpe, os 13.235 quilômetros quadrados de floresta amazônica desmatada entre 1º agosto de 2020 e 31 de julho de 2021 equivalem a nove vezes o tamanho da cidade de São Paulo. Isso representa um aumento de 75% sobre os dados de 2018. Em 2019 foram 10,1 mil km² de área desmatada, com 10,8 mil km² no ano seguinte.

Starlink já atende região de Santa Catarina ao Rio de Janeiro
No Brasil, o serviço da Starlink já está disponível na faixa de Santa Catarina ao Rio de Janeiro. A expectativa é que o Rio Grande do Sul e parte de Minas Gerais ganhem a cobertura dos satélites da empresa ainda este ano, segundo o mapa de disponibilidade divulgado pela SpaceX.
A provedora de internet banda larga via satélite, que já funciona em 32 países, está autorizada a operar em solo brasileiro após uma decisão favorável da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). No Brasil, a média da mensalidade pode ficar em torno de R$ 530. A promessa de velocidades de download é entre 150 e 500 Mbps, com latência de 20 – 40 ms.
Imagem: Reprodução/ Facebook.
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