Imagem: nelzajamal/Shutterstock
De acordo com estudo realizado pela Check Point Research (CPR) do início de 2022, a área da saúde foi o segundo setor que mais sofreu ciberataques no período de 2020 a 2021. Atrás apenas do setor de varejo, instituições de saúde e suas plataformas tiveram um aumento de 64% dos ataques no Brasil.
Em dezembro de 2021, a plataforma de ConecteSUS, que emite o certificado de vacinação da Covid-19, ficou fora do ar devido a um ataque hacker no sistema do Ministério da Saúde. A plataforma passou 13 dias sem funcionar, prejudicando milhões de brasileiros que utilizavam o serviço para comprovar sua vacinação.
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O uso intenso da internet durante a pandemia, para acessar plataformas de saúde dos hospitais e aplicativos relacionados a área de saúde, tende a aumentar os ataques aos serviços do setor. De acordo com o Relatório de Segurança de 2022, foram registrados cerca de 830 ataques cibernéticos por semana na área da saúde.
Luis Alberti, CEO da Vitalicia, plataforma que melhora a satisfação dos pacientes de clínicas, explica as técnicas utilizadas por cibercriminosos para realizar esses ataques.
“Os cibercriminosos utilizam temas relacionados à saúde para chamar a atenção de médicos e pacientes e atacá-los. Nas abordagens, muitas vezes se passam por representantes de órgãos, autoridades, hospitais e clínicas, inclusive que atendem parentes ou conhecidos das vítimas. Os golpistas também se passam por médicos e tendem a utilizar a credibilidade desse profissional para enganar pacientes”, alerta Alberti.
O Whatsapp também tem sido uma forma dessas abordagens enganosas aos envolvidos com a saúde. Em 20 de dezembro, a pediatra Denise Brasileiro foi vítima de um golpe que deixou o celular da profissional bloqueado. “Fiquei sem acesso ao WhatsApp e ao Instagram e logo percebi que tinha sido vítima de um golpe. Os criminosos usaram o meu Instagram para vender produtos com retirada na minha residência, além de marcar consultas e indicar medicações usando a minha conta do WhatsApp”, revela a médica.
Alberti também explica como a utilização de links fraudulentos podem levar o usuário a cair em golpes. “Quando você clica em um link fraudulento, o criminoso passa a monitorar o que é digitado, pelo celular ou computador, e tem acesso aos seus dados pessoais. Assim, consegue aplicar diversos golpes, como pedir dinheiro a seus conhecidos ou fazer transações financeiras indevidas usando o seu nome. Um app especializado que garanta segurança por meio de criptografia e de outros recursos fica menos vulnerável a esse tipo de fraude do que aplicativos mais populares e de uso massivo”, afirma o especialista.
Para evitar esses tipos de golpes virtuais e ataques a plataformas, a CPR apresenta algumas medidas de proteção dentre elas estão:
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Esta post foi modificado pela última vez em 19 de julho de 2022 13:32