Hackers podem estar com os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) na mira para um possível próximo ataque cibernético. E existem suspeitas que esses invasores atuam para o serviço de inteligência estrangeira da Rússia (SVR).

A empresa de segurança cibernética Palo Alto relatou que esses espiões utilizam algum sistema de armazenamento online, como por exemplo o iCloud e o OneDrive, porque, assim, eles conseguem passar despercebidos.

Para invadir as plataformas, os hackers enviaram e-mails de phishing para várias missões diplomáticas ocidentais e da OTAN entre maio e junho deste ano, com conteúdos que incluíam uma agenda para uma próxima reunião com um embaixador como isca.

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Hackers russos e SolarWinds

De acordo com a Palo Alto, há suspeitas de que os cibercriminosos russos estão na mesma equipe que invadiram a SolarWinds em 2020. Aquele ataque deu passagem às redes de pelo menos nove agências governamentais dos Estados Unidos aos hackers da Rússia.

A SolarWinds foi um procedimento de sucesso para os espiões e só foi descoberta porque os mesmo criminosos resolveram roubar ferramentas da empresa de segurança cibernética americana Mandiant. Isso acabou gerando uma resposta significativa das autoridades americanas. E mesmo que o governo russo negasse a culpa, os EUA emitiram novas sanções à Rússia e seus funcionários.

Brad Smith, presidente da Microsoft, disse que esses cibercrimes são uma cadeia de suprimentos e que o SolarWinds foi “o maior e mais sofisticado ataque que o mundo já viu”. Vale ressaltar que alguns comentaristas criticaram essa fala.

A agência de inteligência militar da Rússia acredita que o SVR realiza serviços mais secretos e não estão ligados ao GRU. A Agência de Infraestrutura de Segurança Cibernética dos EUA disse que os hackers do SVR “demonstraram paciência, segurança operacional e comércio complexo” em outros ataques.

mãos e computador para ilustrar um hacker iraniano
Hackers no computador (Pexels/CC)

Em 2016, depois das eleições, os espiões do GRU invadiram o Comitê Nacional Democrata e, logo após esse acontecimento, os pesquisadores descobriram que o SVR também estava dentro dessas plataformas há um ano. Ambas corporações, até o momento, desconhecem os serviços uma da outra.

Os novos possíveis ataques podem acontecer devido a aliança da OTAN e o ingresso de dois novos membros em resposta à invasão russa à Ucrânia. Essa aliança confirmou que a Suécia e a Finlândia serão formalmente convidadas a aderir ao mesmo tempo em que anunciam um “novo conceito estratégico”.

A Otan prometeu “defender cada centímetro” de seu território, definindo uma “postura de dissuasão e defesa” tendo como base diversas “capacidades de defesa nuclear, convencional e de mísseis”.

Via: Sky News

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