- Bela tela
- Desempenho muito bom
- Política de atualizações da Samsung é ótima
- Câmeras pioraram
- Carregador incluso é lento
Enquanto a linha Galaxy A aparece em tudo que é lugar, a Samsung também mantém uma outra fatia de aparelhos mais escondidos e com comercialização exclusiva em meios online, seja em sua loja ou mesmo no e-commerce do varejo. Ela é chamada de Galaxy M, tem menos lançamentos que seus irmãos quase idênticos e tem no Galaxy M53 um de seus mais completos modelos.
Ele é um dos primeiros aparelhos intermediários da Samsung sem 5G no nome, mas que conta com esse tipo de conexão, tem tela Super AMOLED de 120 Hz, trabalha com bastante bateria para entregar ao menos um dia inteiro de uso, enquanto coloca um MediaTek Dimensity 900 no coração, que não é dos mais econômicos, mas promete fazer bem seu trabalho.
Será que esse celular é bom? Eu passei os últimos dias com ele no meu bolso, para te contar minha experiência com esse intermediário com pretensões de chegar perto dos modelos topo de linha mais econômicos da marca coreana, tudo isso nos próximos parágrafos.
Review do Galaxy M53 em vídeo
Design e tela
Enquanto os Galaxy A mais recentes utilizam visual mais arrojado e isso vai até para o alinhamento das câmeras traseiras, os Galaxy M são mais conservadores. O Galaxy M53 não é exceção, ao trazer corpo de plástico por todo lado e um conjunto de sensores em formato de cooktop.
Mesmo com material mais econômico, o Galaxy M53 não parece feio nas mãos. A unidade que recebi para os testes tem essa cor marrom, com brilho de certa forma mais opaco e tudo isso é bonito. As bordas com reflexos dão um ar de acabamento mais requintado, que certamente você vai esconder na primeira capinha que comprar.
Em um dos cantos você encontra o leitor de impressões digitais, que exige pressão do usuário justamente para evitar desbloqueios acidentais. Isso é especialmente positivo, pois o local do sensor é dos mais confortáveis, onde destros tendem a deixar o dedão por lá e os canhotos colocam o dedo indicador. Todo mundo sai feliz.
Enfim, a tela é um Super AMOLED com 6,7 polegadas e resolução Full HD, em brilho batendo no máximo em 800 nits. A atualização do display vai até 120 Hz, mas não existe tecnologia para subir e descer este número de forma livre, para aliviar o consumo de energia.
A reprodução de cores é bastante precisa e o comentário positivo segue também para o contraste, junto do nível de detalhes. O Galaxy M53 não tem capacidade para reproduzir conteúdo em HDR e eu não senti falta dele.
Fechando a parte de tela, o Galaxy M53 tem apenas um alto-falante na parte inferior. Este detalhe não é bacana em um smartphone com pretensões mais elevadas, mesmo que dentro do pacote de aparelhos intermediários. No geral, o som que sai deste único speaker é apenas mediano. Não é ruim, mas também não é bom.
Hardware e software
Por dentro o Galaxy M53 tira proveito de um chip MediaTek Dimensity 900 de seis nanômetros. Ele vem acompanhado de 8 GB de RAM, que pode crescer com mais um punhado que parte de 2 e vai até 8 GB extras – isso certamente garante sobrevida de alguns anos para o celular na mão do usuário.
Em desempenho, eu senti o Galaxy M53 bastante estável e robusto durante todos os dias de testes. Saiba que tocar em um ícone de app é ver o programa sendo aberto de forma instantânea, muito semelhante quando comparado aos aparelhos topo de linha da Samsung.
O problema é que o Galaxy M52, modelo anterior, traz um Snapdragon 778 5G, que é sim muito próximo do chip utilizado no M53, mas consegue ser superior no desempenho geral. Então o novo modelo é um downgrade, mesmo que bastante sutil e não deve ser notado por grande parte dos usuários – especialmente quem nunca usou o M52.
Em jogos, eu consegui rodar bem os já manjados Asphalt 9 e Genshin Impact. O primeiro continua rodando fácil com todos os gráficos no máximo, enquanto o segundo pede algum alívio nos visuais e mesmo assim ainda engasga aqui e ali.
O Android 12 vem instalado de fábrica, junto da interface mais recente da Samsung, a One UI 4.1. Este software é basicamente o mesmo presente em modelos muito mais caros da marca, como é o caso do Galaxy S22. Isso inclui grande personalização no visual, que vai até a tonalidade de cores de ícones e outras áreas com base no que existe no papel de parede – este é um recurso nativo do Android 12, criado pelo Google.
No geral o sistema operacional vem bem limpo, ainda mais limpo que nas versões anteriores da One UI e ela continua me agradando bastante. E olhe que eu sempre fui amante do dito “Android puro”, presente lá nos aparelhos Pixel.
No Galaxy M53 a Samsung continua prometendo quatro grandes updates pro aparelho, então é seguro apostar que ele receberá até o Android 16, que deve ser lançado lá em 2026. Até lá certamente você já trocou de celular ou estará bem perto disso.
Câmeras
O Galaxy M53 traz um conjunto de câmeras superior ao modelo anterior no sensor principal, mas deixou todos os outros menos capazes. As fotos podem ter até 108 megapixels com a primeira câmera, 8 megapixels em ultrawide, 2 megapixels para macro, que é ruim e mais 2 megapixels para medir a distância em registros com fundo desfocado.
No Galaxy M52 a ultrawide tem 12 megapixels e a macro tem 5 megapixels…enfim, as fotos registradas com o Galaxy M53 com o sensor principal tendem a sair boas em qualquer condição de luz, mas realmente brilham durante o dia e em locais bem iluminados.
Contraste, detalhes, sombras e até locais abertos saem completamente visíveis e praticamente sem granulado perceptível. Isso tira proveito de um sensor grande, que combina nove pixels em um só para aumentar a qualidade final em todos os momentos.
As fotos em ultrawide, mesmo com resolução menor nessa geração, entregam boa qualidade também. Como de costume elas são inferiores aos registros da câmera principal, mas isso está longe de ser ruim. Eu notei queda no alcance dinâmico e um reforço nas cores, mas ainda assim gostei bastante do que vi.
Os macros são ruins, com poucos detalhes e muito ruído em qualquer momento.
Já em ambientes escuros, as imagens com o sensor principal saem boas para redes sociais. As cores não se perdem muito, mas as áreas escuras ficam com quase nenhuma informação. Ligar o modo noturno ajuda bastante, inclusive na hora de diminuir as luzes estouradas no ambiente. Neste momento até as cores ganham mais vida.
As fotos com a lente ultrawide, durante a noite, sofrem mais com o granulado e o modo noturno é praticamente uma obrigação se você quiser boas imagens.
As selfies usam um sensor de 32 megapixels e também agrupam pixels para registrar imagens com 12 megapixels no final. O resultado envolve boa reprodução de cores, alcance dinâmico bem eficiente e pouco granulado. No modo retrato o software conseguiu me isolar bem do fundo, passando por cima apenas de fios mais rebeldes do cabelo e barba. Curti.
Bateria
A bateria do Galaxy M53 tem 5.000 mAh e isso até é bom, mas na verdade eu sinto uma saudade enorme dos 7.000 mAh presentes no M51. No geral eu consegui um dia inteiro de uso e isso envolveu umas duas horas de vídeo, mais de três escutando podcasts, meia hora de jogo, algumas fotos e muita navegação em redes sociais. Finalizei um dos dias com mais ou menos 30% de energia sobrando no tanque.
Teoricamente o Galaxy M53 suporta até 25 watts de energia entrando pelo carregador, mas na unidade de testes o adaptador era capaz de fornecer apenas 15 watts. Eu tenho um de 60 watts da Realme e testei nele, conseguindo uma recarga muito lenta. Em meia hora cheguei em 22% e a recarga completa tomou mais de duas horas do dia.
Galaxy M53: vale a pena?
Sim, mas apenas quando o Galaxy M52 sair do mercado. Sim, o M53 é um smartphone competente e entrega bons resultados em hardware, software e também nas câmeras, mas a geração passada é superior em muitos pontos. O primeiro está no processador mais competente e o segundo nas possibilidades do conjunto fotográfico.
O preço de lançamento do Galaxy M53 é de R$ 3,5 mil e o M52 é facilmente encontrado por quase metade disso. Outro celular que vale mais quando comparado ao modelo desse review é o Galaxy A53, que segue com o Snapdragon 778 mais forte, tem visual mais moderno e oferece proteção contra água e poeira, também cobrando bem menos, mas não bate na metade do custo.
Neste momento, sem uma queda de valores, não é possível recomendar o Galaxy M53 enquanto os concorrentes da própria Samsung são superiores e podem ser encontrados custando muito menos.
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Desempenho8.0
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Design7.0
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Câmeras8.0
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Bateria9.0
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Sistema/Interface9.0
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Tela9.0
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Conectividade8.0
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Resistência6.0
Galaxy M53: ficha técnica
Tela: | Super AMOLED de 6,7 polegadas Full HD+, 2.408 x 1.080 pixels 120 Hz Gorilla Glass 5 |
Processador: | MediaTek MT6877 Dimensity 900 (6 nm) Octa-core de até 2,4 GHz |
GPU: | Mali-G68 MC4 |
RAM: | 8 GB |
Armazenamento: | 128 GB |
Câmeras traseiras: | Principal: 108 MP (f/1,8) Ultrawide: 8 MP (f/2,2) Profundidade: 2 MP (f/2,4) Macro: 2 MP (f/2,4) |
Vídeo: | 4K até 30 fps |
Câmera frontal: | 32 MP (f/2,2) |
Sistema Operacional: | Android 12 One UI 4.1 |
Conexões: | Wi-Fi 5 (2,4 GHz e 5 GHz) Bluetooth 5.2 (A2DP e LE) USB-C 2.0 NFC GPS (A-GPS, GLONASS, GALILEO, BDS, QZSS) |
Bateria: | 5.000 mAh Carregamento de 25 watts (na embalagem com 15 watts) |
Outros: | Leitor de impressões digitais (sob a tela) |
Dimensões: | 164,7 x 77 x 7,4 mm |
Peso: | 176 gramas |