No início de 2020, o sistema de gerenciamento de documentos dos Estados Unidos foi invadido por criminosos desconhecidos. O Departamento de Justiça (DoJ, na sigla em inglês) nomeou os invasores de “três atores estrangeiros hostis” e confirmou que está investigando a invasão cibernética ao sistema judiciário americano.
De acordo com o DoJ, o sistema “enfrentou uma violação de segurança cibernética incrivelmente significativa e sofisticada” que trouxe “impactos persistentes no departamento e em outras agências (federais)”.
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O fato foi divulgado publicamente após o presidente do Comitê Judiciário da Câmara, Jerrold Nadler, mostrar aos seus colegas, em uma audiência, que o ataque aos sistemas teriam ocorrido sob supervisão da Divisão de Segurança Nacional (NSD, em inglês).
O chefe do NSD, Matt Olsen, mencionou que teme as ameaças de ataques cibernéticos por nações estrangeiras. E disse ao Comitê Judiciário da Câmara dos Representantes dos EUA que o incidente no sistema judiciário do país é uma “preocupação significativa”.
“Embora eu não possa falar diretamente sobre a natureza da investigação em andamento do tipo de ameaças que você mencionou em relação ao esforço para comprometer processos judiciais públicos, é claro que isso é uma preocupação significativa para nós, dada a natureza das informações que são muitas vezes guardadas pelos tribunais”, relatou Olsen.
Até o momento, não está claro quem são os responsáveis pelo ataque, mas Olsen revelou que a sua divisão está focada no risco de ataques cibernéticos de nações estrangeiras como China, Rússia, Irã e Coreia do Norte.
A diretora do Escritório Administrativo dos Tribunais dos EUA, Roslynn Mauskopf, enfatizou que modernizar sistemas de proteção é extremamente necessário. “Esses ataques representam riscos para todo o nosso sistema de justiça e, de maneira mais ampla, são um ataque à nossa própria democracia.”
Imagem: Mark Van Scyoc/ Shutterstock
Via: Reuters e The Circle
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